Incorporação de ácido metacrílico em resinas acrílicas para base de prótese

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Azevedo, Alessandra Miranda de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-26032010-104419/
Resumo: A resina acrílica para base de próteses removíveis é capaz de aderir Candida spp. sobre sua superfície, possibilitando o aparecimento das estomatites protéticas. Um fator importante para essa aderência é a hidrofobicidade do polímero. Assim, a adição de radicais hidrofílicos à resina acrílica tem potencial de torná-la menos suscetível à formação de biofilmes, e merece ser investigado. O objetivo deste projeto foi avaliar os efeitos da copolimerização do ácido metacrílico sobre aderência microbiana e propriedades físicas em um material à base de polimetil metacrilato para base de próteses removíveis. Para os ensaios com a resina acrílica, espécimes de diferentes formatos foram divididos em grupos, conforme a concentração do ácido metacrílico, em volume, na porção líquida da resina (A: 0%; B: 10%; C: 20%, D:50%). A aderência de Candida albicans foi avaliada por meio da contagem de unidades formadoras de colônia (UFC) aderidas sobre os espécimes mantidos em caldo de cultura. Também foi estudadas a dureza Vickers, a resistência flexural, a rugosidade e a estabilidade de cor. Os grupos foram descritos por média ± desvios padrão e comparados, dentro de cada variável, por meio de ANOVA, com α = 0,05. No caso da aderência de C. albicans, transformação em log10 foi realizada antes da análise. Como resultado desse estudo, não foi possível observar diferenças na aderência de C. albicans com a adição do ácido metacrílico à resina acrílica (A: 5,0 ± 0.4, B: 5,0 ± 0.4, C: 5.2 ± 0.6 e D: 5.2 ± 0.3 log10(UFC)). Redução significante foi encontrada para os valores de dureza, onde os valores (em VHN) foram A: 19,0 ± 1,4A, B: 19,6 ± 1,3A, C: 19,6 ± 0,9A e D: 14,2 ± 0,6B. Não houve diferença significante para o teste de resistência flexural (A: 96,32 ± 8,25, B: 97,65 ± 6,11, C: 102,43 ± 8,61 e D: 106,34 ± 13,69 MPa); no entanto foi observada redução na rugosidade superficial com o aumento da concentração do ácido (A: 0,26 ± 0,05A, B: 0,17 ± 0,01B, C: 0,18 ± 0,03B e D: 0,13 ± 0,03C µm). Conclui-se que a copolimerização do ácido metacrílico em resina para base protética proporcionou mudanças nas propriedades físicas do material, com melhora na rugosidade, porém menor dureza. A aderência de C. albicans não sofreu interferência; futuros testes com outras espécies e na presença de proteínas salivares devem ser realizados a fim de determinar se a adição do ácido realmente possui potencial clínico.