Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Borges, Thelma Pontes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-12052015-124929/
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Resumo: |
A economia solidária é pautada pela solidariedade nas relações de produção, elaboração e comercialização, portanto seus participantes precisam desenvolver a cooperação, o respeito e a generosidade a fim de garantir os princípios defendidos por ela. Por sua vez a Psicologia investiga como as pessoas desenvolvem virtudes e as incorporam em si, desenvolvendo uma personalidade ética. Dessa forma a pesquisa tem por objetivo averiguar as representações de si dos atores da economia solidária e verificar se possuem valores morais que nos permitam inferir uma personalidade ética. Para tanto foram realizadas vinte e duas entrevistas semi-dirigidas, gravadas e transcritas com participantes da economia solidária na cidade de Araguaína e Palmas - TO. Os resultados apontam para três grupos distintos: o primeiro, classificado como personalidade ética, em que aparecem elementos que nos permitem expressar uma trajetória de vida, de escolhas e de projeção de futuro ético, encontram-se nesse grupo as seguintes sub-categorias: 1) Fatores familiares e de origem de vivências comunitárias; 2) Escolhas solidárias; 3) Princípios solidários e sua incorporação a valores pessoais; 4) Relações Cooperativas; 5) Futuro ético. O segundo, chamado de necessidades absolutas I, em que as necessidades básicas de manutenção da vida se fazem presentes e prioritárias, não aparecendo referência a si ou aos demais de forma valorativa; nesse encontram-se as seguintes sub-categorias: 1) Fatores que derivam do outro e das necessidades básicas e de sobrevivência física e emocional; 2) Escolhas Necessárias ou única escolha; 3) Ausência de princípios solidários e de sua incorporação aos valores pessoais; 4) Relações Individuais; 5) Sem perspectiva de futuro. No terceiro grupo necessidades absolutas II, em que percebemos uma diminuição da fragilidade física e emocional e uma incorporação no discurso de princípios solidários, com as seguintes sub-categoria: 1) Fatores que derivam dos outros e das necessidades básicas físicas; 2) escolhas necessárias ou única escolha; 3) presença no discurso de princípios solidários, mas ausência de incorporação aos valores pessoais; 4) Relações individuais, mas com discurso cooperativo; 5) Futuro incerto. Concluímos que o estudo permite identificar características morais importantes dos atores da economia solidária, uma vez que seus princípios pedem por pessoas que tenham em sua vida aspectos morais que valorizem o ser humano em detrimento da lucratividade econômica. Encontramos em nossa pesquisa, tanto aqueles que desenvolveram sua personalidade, pautados pela ética, quanto os que não desenvolveram e encontram-se ligados a necessidade de sanar suas necessidades mais elementares de sobrevivência. Nesse último grupo ainda identificamos que pessoas vinculadas a um grupo minimamente estruturado e que passou por processos de intervenção parecem apresentar características mais desenvolvidas de moralidade, fazendo crer que empreendimentos de economia solidária podem ser favorecedores de tal desenvolvimento. Assim acreditamos que tanto as incubadoras quanto as organizações que fomentam a economia solidária precisam conhecer e implantar em suas metodologias aspectos referentes aos estudos da Psicologia voltados à incorporação de aspectos morais na personalidade humana |