Qualidade de vida e saúde mental de residentes em Instituições de Longa Permanência para Idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Barbaro, Alessandra Marino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-05112012-144202/
Resumo: A elevação da expectativa de vida ocasionou a expansão do contingente de idosos no mundo e ascendeu à preocupação quanto à qualidade de vida dos mesmos. Os idosos solitários geralmente permanecem sob os cuidados dos familiares, que muitas vezes carecem de tempo para os assistirem adequadamente, e assim os alocam em Instituições de Longa Permanência (ILPIs), com a certeza de que receberão uma assistência adequada. Os moradores de ILPIs em sua grande maioria apresentam o aumento do sedentarismo, maior perda de autonomia, ausência de familiares e outros fatores que contribuem para uma qualidade de vida deficiente e maior incidência de enfermidades, sobretudo mentais. O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida de idosos residentes em ILPIs, verificar seu estado de saúde mental e correlacionar esses dois aspectos. O estudo foi realizado em 15 ILPIs do município de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, Brasil. Foi aplicado o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) em 357 idosos para a seleção dos que seriam inclusos do estudo e foram selecionados 99, nos quais foram aplicadas as escalas: WOQOL-Bref, WOQOL-Old e Inventário de Saúde Mental (MHI). Os escores médios dos domínios do WOQOL-Bref foram: Físico 46,57, Psicológico 53,58, Relações Sociais 66,08 e Meio Ambiente 57,58, sendo o domínio que mais favoreceu a QV foi o das Relações Sociais e o que mais desfavoreceu foi o Físico. Os escores dos domínios do WOQOL-Old foram: Funcionamento Sensorial 35,86; Autonomia 43,12; Participação social 53,35; Atividades Passadas, Presentes e Futuras 59,03; Morte e Morrer 32,5 e Intimidade 72,85. A faceta que apresentou o menor escore foi Morte e Morrer seguidos de Funcionamento Sensorial e Autonomia, demonstrando que estes aspectos estão rebaixados e contribuem desfavorecendo a QV. O escore total médio obtido pelo WOQOL-Old foi de 49,46, mostrando que a QV dos idosos entrevistados não está satisfatória nem insatisfatória, em virtude principalmente de alguns aspectos, próprios do idoso, de um modo geral, que contribuem negativamente para tal resultado, como o aspecto Morte e Morrer, o Funcionamento Sensorial e a Autonomia. O escore médio total do MHI foi de 30, 70, mostrando uma saúde mental deficiente. Foram encontradas correlações moderadas entre as dimensões de QV e SM, portanto, se as dimensões da QV forem satisfatórias, as da SM tenderão também a ser e vice-versa. Conclui-se, portanto, que a qualidade de vida da população estudada é mediana e sua saúde mental deficitária, sendo assim importante se atentar tanto à qualidade de vida, quanto à saúde mental desta população, pois elas se correlacionam.