Estudo de Empoasca kraemeri Ross e More, 1957 (Homoptera, Cicadellidae) em cultura de feijão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1977
Autor(a) principal: Pedrosa, Francisca Nemaura Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-152827/
Resumo: A cigarrinha verde Empoasca kraemeri Ross e Moore, 1957 (Homoptera, Cicadellidae), é uma das mais importantes pragas da cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L., cultivar Rosinha). Em virtude da falta de conhecimentos básicos sobre esse inseto, realizaram-se estudos sobre a sua biologia, a fase crítica do feijoeiro ao seu ataque, seu efeito sobre a produção, sua dinâmica populacional e a ação do monocrotophos sobre seus ovos. Em condições de laboratório, efetuaram-se os estudos de biologia e da ação do monocrotophos sobre os ovos dessa praga; os demais ensaios foram realizados no campo. Os dados biológicos foram obtidos em folhas e plantinhas de feijoeiro. Para verificação da ação do monocrotophos sobre os ovos da cigarrinha, as plantas foram infestadas com adultos procedentes do campo; após a postura, aplicou-se o inseticida num lote, deixando-se o outro como testemunha. A eficiência do inseticida foi avaliada pelo número de insetos emergidos em cada lote. Para o estudo da fase crítica do feijoeiro ao ataque da cigarrinha, seu efeito sobre a produção e sua dinâmica populacional, realizaram-se dois ensaios: um na época das águas e o outro na época da seca. Foram efetuadas amostragens periódicas e aplicações com inseticida de tal modo a se determinar a fase crítica do feijoeiro ao ataque da praga. Amostragens periódicas nas parcelas testemunhas, permitiram o estabelecimento da flutuação populacional da praga nas duas épocas consideradas. Os prejuízos e o nível de controle foram determinados em dois ensaios diferentes. No primeiro, manteve-se fixo o número de cigarrinhas por planta, em diferentes fases de desenvolvimento da cultura, deixando-se o tratamento testemunha isento da praga. No segundo ensaio, utilizaram-se diferentes níveis populacionais da praga, com a infestação realizada apenas no período inicial da cultura. Dos ensaios efetuados, foram obtidos os seguintes resultados e conclusões: 1.1 - Ciclo evolutivo: a pré-oviposição variou de 1 a 7 dias; a oviposição de 1 a 40 dias, com uma variação de 1 a 145 ninfas por fêmea e em média 35,28; a incubação de 8 a 24 dias; o desenvolvimento ninfal de 11 a 18 dias e a longevidade dos machos variou de 2 a 34 dias e das fêmeas de 2 a 45 dias; 1.2 - O período crítico do feijoeiro ao ataque da cigarrinha verde, na época das águas e na época da seca, compreendeu desde a formação das primeiras folhas trifoliares até a fase de florescimento da cultura; 1.3 - A produção diminui com o aumento populacional da praga, até a fase de florescimento da cultura; 1.4 - A maior flutuação populacional da espécie ocorreu na época da seca; 1.5 - O inseticida monocrotophos teve grande eficácia sobre os ovos da cigarrinha verde; 1.6 - Os prejuízos e o nível de controle foram, em média, de 66,91% para 0,735 cigarrinha por 2 plantas, no ensaio em que se manteve fixo o nível populacional e de 50,91% para 1,932 cigarrinhas por 2 plantas, no ensaio em que se manteve fixo a época de infestação.