Atividade de Buprofezin sobre a cigarrinha verde do feijoeiro, Empoasca kraemeri (Ross & Moore, 1957) (Hemiptera, Cicadellidae), em condições de laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Moreno, Paulo Rogério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191108-110618/
Resumo: A cigarrinha verde, Empoasca kraemeri, é uma praga muito importante na América Latina e presente com grande freqüência na cultura do feijoeiro comum, Phaseolus vulgaris, sendo necessário recorrer ao controle químico quando a população atinge níveis elevados. Neste trabalho foi estudado o efeito do inseticida buprofezin, um composto inibidor da biossíntese de quitina, sobre a mortalidade de ninfas de primeiro instar desta praga, sob condições de laboratório. Os resultados mostraram que a praga é altamente susceptível ao inseticida, sendo a CL50 estimada de 0,112 ppm, com intervalo de confiança [0,0856; 0,1459]. Em outro bioensaio, foi estudado o efeito de buprofezin sobre adultos de Empoasca kraemeri. Casais virgens e recém emergidos, foram colocados em contato com plantas de feijão previamente imersas em soluções do inseticida. Foram testadas 3 concentrações: 0, 10 e 50 ppm. A longevidade média para os insetos no tratamento testemunha foi de 46 e 27 dias, para fêmeas e machos, respectivamente. Para a concentração de 10 ppm, a longevidade para fêmeas e machos sofreu redução de 62 e 41%. Resultado semelhante foi observado no tratamento de 50 ppm, com redução na longevidade de 65 e 49%, para fêmeas e machos. Além disto, o resultado mais interessante foi obtido com a avaliação da postura. Foi observada uma média de 102 ovos por fêmea no tratamento testemunha. Para a concentração de 10 e 50 ppm, a média de ovos por fêmea foi de 0,9 e 0,1; respectivamente, ou seja, redução quase que total na postura. Além destes parâmetros, observou-se também o ritmo de postura, pois leva em consideração a longevidade dos indivíduos, encontrando-se os valores de 2,31; 0,09 e 0,01 ovos/fêmea/dia para a testemunha, 10 e 50 ppm de buprofezin, respectivamente. No último bioensaio, foi investigado o efeito de buprofezin sobre os adultos de Empoasca kraemeri, porém, tratando-se apenas machos ou fêmeas isoladamente com o inseticida em (continuação) superfície contaminada a 1000 ppm e posteriormente, colocando-os junto a insetos do sexo oposto que não haviam sido contaminados. Foram adotados 3 tratamentos: fêmeas tratadas, machos tratados e testemunha. Foi observado longevidadede 46 e 27 dias para fêmeas e machos no tratamento testemunha. Quando apenas as fêmeas receberam o tratamento inseticida, a longevidade sofreu redução de 24 e 16%, para fêmeas e machos, respectivamente. Entretanto, quando somente os machos foram tratados com buprofezin, foi observada maior redução na longevidade, inclusive nas fêmeas não intoxicadas, ou seja, 41 e 53% de redução para fêmeas e machos, respectivamente. Notou-se também pequena variação com relação ao total de ovos colocados, porém, o ritmo de postura não apresentou diferenças, sendo de 2,31; 2,56 e 2,42 ovos/fêmea/dia no tratamento testemunha, fêmeas e macho tratados, respectivamente. A redução na postura foi devido a redução na longevidade das fêmeas, através da contaminação com buprofezin.