Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Milanelli, Joao Carlos Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-05042007-164057/
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Resumo: |
Costões rochosos da região de São Sebastião são ecossistemas muito vulneráveis a derrames de petróleo, devido à proximidade do Terminal Petrolífero Almirante Barroso (TEBAR) da PETROBRÁS. Foram documentados 144 vazamentos nos últimos 14 anos, na região. No terminal circulam 30.000.000 toneladas de petróleo por ano, cerca de 55 % da circulação nacional. Pouco se sabe sobre a estrutura da comunidade existente nos costões do canal de São Sebastião, especialmente quanto aos efeitos do petróleo na biota. Os procedimentos de limpeza empregados nestes costões têm sido definidos, principalmente, com base em aspectos estéticos e não ecológicos, o que termina por gerar impactos adicionais muitas vezes mais sérios que os do próprio petróleo. O presente estudo visou avaliar os efeitos do petróleo, aplicado experimentalmente, e acompanhar a recuperação da comunidade após o jateamento com água a alta pressão, avaliando-se a eficiência deste método de limpeza, do ponto de vista ecológico. Pretendeu-se, com isso, definir critérios ecologicamente coerentes para a limpeza de costões rochosos na região. O local do experimento situa-se na praia de Barequeçaba, São Sebastião, S. P., onde uma faixa de costão rochoso previamente estudada recebeu experimentalmente 50 litros de petróleo durante sete dias consecutivos. Dos sete transectos permanentes de estudo, três permaneceram com óleo, dois foram jateados com água à pressão de 2500 libras por polegada quadrada (PSI), além dos dois transectos controle. As amostragens pós impacto duraram dois anos e meio. Concluiu-se que as aplicações de petróleo não causaram impacto perceptível na comunidade estudada, sendo que as maiores alterações observadas foram atribuídas às variações naturais, exceto para Siphonaria hispida, Acmaea subrugosa e Crassostrea rhizophorae, espécies que apresentaram alterações que podem estar relacionadas ao contato com o petróleo. A confirmação destas conclusões necessita de estudos específicos mais aprofundados. O jateamento foi um método de limpeza altamente impactante à comunidade, a qual necessitou de mais de dois anos para retornar às condições de equilíbrio. Concluiu-se que este método, assim como outros métodos de limpeza mecânica, com efeitos similares, devem ser evitados. |