Padronização dos métodos ultrassonográficos elastografia strain e contraste de microbolhas em órgãos abdominais do tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla, Linnaeus, 1758)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandez, Stephanie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-05072023-092845/
Resumo: O tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla, Linnaeus, 1758) é um animal de grande porte, que faz parte da cadeia alimentar do ambiente em que vive, ajudando no controle de insetos e servindo como alimento para outros animais. Está entre as espécies selvagens vítimas de traumas e queimadas, o que a torna vulnerável à extinção. Logo, estudos científicos buscam a preservação e a contribuição no diagnóstico e na terapêutica desses animais. Contribuir na área de diagnóstico é o principal objetivo deste trabalho, visando padronizar e descrever as técnicas de sonoelastografia e contraste por microbolhas no tamanduá bandeira. O estudo foi realizado com três grupos experimentais, sendo o grupo 1 composto por 10 tamanduás bandeiras, adultos saudáveis, provenientes do Zoológico Municipal de São José do Rio Preto-SP e os grupos 2 e 3 compostos por cinco cães cada, saudáveis, adultos, entre machos e fêmeas, a partir de 25 Kg de peso vivo, obtidos da rotina do Setor de Atendimento Clínico-cirúrgico de Pequenos Animais do Hospital Veterinário Dr. Halim Atique do Centro Universitário de Rio Preto UNIRP. O grupo 2 recebeu o mesmo protocolo de contenção química do grupo 1 e o grupo 3 não passou por contenção química. Todos os animais foram submetidos à avaliação hematológica, bioquímicas, urinálise e coproparasitológico para caracterização da saúde. Somente animais hígidos foram utilizados. Exame ultrassonográfico ao modo-B foi realizado com o aparelho ACUSON NX3 ELITE/SIEMENS, com transdutores multifrequenciais e matriciais convexo (2.0 a 5.0 MHz), microconvexo (3.1 a 8.8 MHz) e linear (4.0 a 12.0 MHz), para varredura geral da cavidade abdominal. Em seguida o fígado, baço e os rins foram avaliados com o software de sonoelastografia, sendo formadas imagens em mapa de cores (tons de vermelho, verde e azul) do tecido hepático, esplênico e renal, para avaliação da dureza tecidual relativa (elastograma). Após este estudo, o fígado foi avaliado com contraste por microbolhas, hexafluoreto de enxofre (SonoVue®), através de software específico, verificando a presença ou ausência de microbolhas, os tempos defase arterial, wash-in, wash-out e tempo de pico de contraste. Na sonoelastografia, foi observado o fígado com deformidade heterogênea, o baço predominantemente não deformável e os rins com cortical e medular não deformáveis. Na avaliação com contraste por microbolhas, foi observada a fase arterial entre os cães anestesiados e conscientes semelhantes, exceto quando comparados com os tamanduás, que foi menor (P<0.05). O tempo de wash-in foi diferente para os tamanduás quando comparado aos cães anestesiados, sendo maior (P<0.05) No pico de contraste houve diferença entre os cães e tamanduás, que foi maior (P<0.05) e o tempo de wash-out foi maior nos cães anestesiados quando comparados aos não anestesiados. As técnicas de sonoelastografia e de contraste por microbolhas descritas em cães foram aplicadas com êxito no tamanduá bandeira, auxiliando na determinação do padrão de normalidade dos órgãos estudados, sendo ferramentas auxiliadoras na avaliação ultrassonográfica nesta espécie.