Impacto do tratamento precoce guiado por metas sobre a morbidade e mortalidade da sepse grave e do choque séptico em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Oliveira, Claudio Flauzino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-01062009-110404/
Resumo: Introdução: O fluxograma de tratamento ACCM/PALS objetiva a reversão precoce do choque séptico pediátrico utilizando medidas convencionais. Na evolução destas recomendações, foram adicionadas medidas indiretas do equilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio utilizando saturação venosa central de oxigênio (ScvO2 70%), dentro de uma abordagem direcionada a metas. Entretanto, enquanto que estas recomendações adicionadas baseiam-se em evidências de estudos em adultos, a extrapolação para o paciente pediátrico permanece sem validação. Objetivo: O objetivo deste estudo é comparar o fluxograma ACCM/PALS com ou sem terapia guiada pela ScvO2 sobre a morbidade e a mortalidade de crianças com sepse grave e choque séptico. MÉTODOS: Crianças e adolescentes com sepse grave ou choque séptico refratário a volume foram randomizados para receber o tratamento ACCM/PALS com ou sem ressuscitação guiada pela ScvO2. Mortalidade em vinte e oito dias foi o desfecho primário. Resultados: Dos 102 paciente incluídos, 51 receberam tratamento ACCM/PALS guiado pela ScvO2 e 51 receberam tratamento ACCM/PALS sem orientação pela ScvO2. Tratamento guiado pela ScvO2 resultou em menor mortalidade (11,8% vs. 39,2%, p = 0,002), e menor incidência de disfunções orgânicas (p = 0,03). O tratamento guiado pela ScvO2 resultou em mais cristalóide (28 [20-40] vs. 5 [0-20] mL/kg, p < 0,0001), transfusões de hemáceas (45,1% vs. 15,7%, p = 0,002) e suporte inotrópico (29,4% vs. 7,8%, p = 0,01) nas primeiras seis horas. Conclusões: Este estudo reforça o fluxograma ACCM/PALS. Tratamento guiado pela ScvO2 70% possui impacto significativo e aditivo sobre o prognóstico de crianças e adolescentes com choque séptico.