Jung e arte: a obra em contínuo devir

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Colonnese, Luisa Rosenberg
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-19122018-163523/
Resumo: O presente trabalho traz um levantamento de como a arte aparece nos escritos de Jung, ressaltando seu papel na elaboração da teoria junguiana. Para tanto, foi feita uma pesquisa nos índices gerais das chamadas obras completas de Jung partindo de termos como: arte, artístico, literatura, pintura, etc. Também foram consultadas algumas obras de Jung que não se encontram em tal compilação. Como a arte perpassa a vida e a obra de Jung de diferentes maneiras, foi necessário situar tais encontros em relação aos outros pontos teóricos da psicologia analítica. Os dados encontrados foram organizados nos seguintes agrupamentos: a obra de arte entendida pela psicologia analítica; a arte nos textos iniciais de Jung: concepções em transformação; a relação da arte com os conceitos de complexo e de anima; Jung espectador; territórios vizinhos à arte (criatividade, uso de recursos expressivos na terapia e analogias entre arte e análise); e algumas considerações sobre estética. Constatou-se, por um lado, que a temática artística embasou o pensamento junguiano, dando apoio à consolidação de uma psicologia que se volta para a incomensurabilidade da psique e que extrapola os limites metodológico e epistemológico da ciência moderna. Por outro lado, a psicologia analítica tem abertura e escopo teórico para olhar fenômenos artísticos. Nesse sentido, o trabalho apresenta, com base no levantamento aqui traçado e em algumas contribuições de autores pós-junguianos, reflexões sobre as especificidades da articulação entre a psicologia analítica e a arte, enfatizando o caráter simbólico da experiência artística e ressaltando que o encontro da arte com a psicologia analítica pode garantir que haja espaço psíquico para o desconhecido, para o não óbvio e não familiar. Desta forma, abrem-se possibilidades para o desenvolvimento de um padrão de alteridade e eventual ampliação de consciência