Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Silva, Carlos Roberto de Castro e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-23062005-103844/
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Resumo: |
Este estudo investigou o processo de politização da dor e da indignação de agentes comunitários que convivem com o HIV/aids. O pressuposto principal é que a condição de soropositividade suscita situações de discriminação e estigmatização, geradores de sofrimento expresso por intensa angústia, sentimentos de vergonha, humilhação e culpa, provocando o isolamento social desta pessoa. A questão norteadora deste trabalho é a verificação de como a participação em uma ONG, onde bons encontros são estimulados, podem ajudar pessoas afetadas pela epidemia da aids a extrapolar esta vivência individualista e estigmatizadora com o HIV/aids para o âmbito da vivência solidária/coletiva, contribuindo para o fortalecimento dos agentes comunitários, não apenas como portadores de direitos, mas como sujeitos de direitos. Foram analisados documentos históricos, entrevistas em profundidade e questionários respondidos por agentes comunitários da ONG-Br situada na grande São Paulo. Os resultados indicaram que a participação em uma ONG contribui para o enfretamento da discriminação e estigmatização das pessoas que convivem com o HIV/aids, com base em um processo de politização concretizado por modos de participação diferentes. Estes modos estão associados com a capacidade de elaboração de questões pessoais/afetivas desencadeadas pela vivência de discriminação e estigmatização ligados ao HIV/aids. Isto sugere a valorização de práticas que fortaleçam a construção de sujeitos portadores de direitos iniciada com a recepção destes agentes na ONG, por exemplo, por meio de projetos de resgate da auto-estima. Compreender e acolher modos de participação diferentes significa valorizar o olhar, valendo-se de um campo psicossocial por excelência, ou seja, captar um processo de mudanças subjetivas e psicológicas em interação necessária com o contexto sócio-histórico e cultural, que leve à emancipação psicossocial, ao mesmo tempo fortalecendo estes sujeitos de direitos e da cidadania plena. |