Avaliação clínica, sensorial e psicológica em pacientes com pulpite irreversível e dor referida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Paulo Roberto Jara de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25147/tde-18072022-104010/
Resumo: O objetivo deste estudo foi comparar pacientes com pulpite irreversível sintomática com e sem dor referida, considerando aspectos (1) clínicos relacionados à dor, (2) somatossensoriais e (3) pscicológicos que podem contribuir para o diagnóstico precoce e posterior tratamento endodôntico. Pacientes com pulpite irreversível sintomática foram divididos em dois grupos de acordo com a presença de dor referida (com e sem, n = 23 e 12, respectivamente). As características clínicas da dor foram avaliadas para o dente com diagnóstico de pulpite irreversível. Aspectos psicossociais e descritores de dor foram avaliados por meio de questionários. A intensidade e a duração da dor após os testes de sensibilidade pulpar foram mensuradas nos dentes com pulpite e contralateral, bem como uma avaliação qualitativa somatossensorial foi realizada nas regiões intra e extra-orais, no início e após a anestesia. Também foram registradas informações sobre a localização da dor, presença de dor referida, uso de medicamentos para alívio da dor e necessidade de anestesia complementar. Os testes T, Qui-quadrado e McNemar foram aplicados aos dados. Os pacientes com dor referida apresentaram pior condição clínica, ou seja, maior intensidade da dor dentária (teste T, t = 4,39, df = 33, p <0,05). Além disso, esses pacientes também apresentaram resultados piores para os descritores de dor, ou seja, índice de classificação de dor mais alto (teste T, t = 2,18, df = 14,07, p <0,05) e maior número de descritores de dor (teste T, t = 2,93, df = 33, P <0,05). Além disso, a intensidade da dor (teste T, t = 2,89, df = 32,31, p <0,05) e tempo de dor após o teste de sensibilidade pulpar no dente contralateral foram maiores para os pacientes com dor referida (teste T, t = 2,30, df = 32,93, P <0,05). Conclui-se que pacientes com dor referida apresentam alterações relevantes principalmente relacionadas à dor clínica e provocada. A presença de dor referida pode contribuir para uma melhor caracterização e avaliação clínica dos pacientes com pulpite irreversível sintomática com possíveis implicações no tratamento destes pacientes.