Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Puttini, Marcos Vinicius |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18112015-133506/
|
Resumo: |
Esta dissertação de mestrado é uma reflexão sobre uma pesquisa educacional de campo que contemplou o hip-hop como cultura juvenil e cujo objetivo era construir fazeres educacionais que se valem do hip-hop. O texto discute a experiência educacional que teve lugar na organização não governamental Casa do Zezinho, no extremo sul da cidade de São Paulo. A instituição oferecia oficinas de hip-hop a jovens de ambos os sexos, entre 13 e 17 anos e regularmente matriculados na rede pública, e minha intervenção se deu nesse contexto, em parceria com a professora de hip-hop. Descrevo o itinerário da pesquisa contemplando aspectos institucionais, subjetivos e de articulação do projeto durante sua realização. Minha intervenção consistiu em exercícios e atividades de natureza cultural como a produção de textos, grafitti e coreografias matizados pela motivação e pelo despertar de uma consciência crítica, artística e, principalmente, de pertença à ancestralidade africana, arrancada de suas raízes pelo processo histórico escravagista colonial cujos resquícios perduram até hoje, em parceria com a professora de hip-hop da Instituição. Os exercícios visavam sobretudo conectar esses jovens com sua ancestralidade perdida, pois pensamos o hip-hop como cultura juvenil legítima e procuramos valorizá-lo como percurso educacional, inclusive a jornada heroica que se narra em suas letras, análoga à dos jovens em seu cotidiano e à minha própria como pesquisador. No processo de construção das oficinas, consubstanciou-se a presença da religiosidade africana, de sua arte e de seu pensamento, traduzidos e atualizados pela cultura hip-hop. O resultado foi um percurso formativo que se valeu de uma cultura juvenil praticada principalmente por jovens pobres das periferias do Brasil e, compartilhando essa experiência, procurou-se resgatar a autoestima desses jovens e favorecer a integração social e geracional de membros das comunidades. |