Ensaio clínico randomizado do tratamento endoscópico do reganho de peso pós derivação gástrica em Y de Roux através da moldagem da anastomose gastrojejunal com plasma de argônio isolado versus plasma de argônio associado à sutura endoscópica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Brunaldi, Vítor Ottoboni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-11082021-130350/
Resumo: Introdução: uma parcela não desprezível dos pacientes recupera peso após a derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR). Tanto a eletrofulguração com plasma de argônio (APC) isolada quanto APC associada à sutura endoscópica de espessura total (APC-SET) já foram relatadas no tratamento do reganho de peso associado à dilatação da anastomose gastrojejunal. No entanto, ainda faltam dados comparativos controlados entre essas técnicas. Objetivo: comparar APC e APC-SET em termos de eficácia e segurança no tratamento do reganho de peso pós-DGYR e avaliar preditores de sucesso clínico. Métodos: realizou-se ensaio clínico randomizado, aberto, de centro único, comparando diretamente estes dois métodos. Pacientes com pelo menos 20% de recuperação de peso em relação ao nadir e anastomose >= 15 mm foram considerados elegíveis. O desfecho primário foi a perda percentual total do peso (PPTP) em 12 meses. Os desfechos secundários foram a incidência de eventos adversos, melhora dos parâmetros laboratoriais metabólicos e melhora na qualidade de vida (QV) e comportamento alimentar. Resultados: quarenta pacientes elegíveis foram incluídos de outubro de 2017 a julho de 2018. As taxas de sucesso técnico e clínico foram semelhantes entre os grupos. Aos 12 meses, a PPTP média foi de 8,3 ± 5,5 no grupo APC versus 7,5 ± 7,7% no grupo APC-SET (p = 0,71). A porcentagem de retenção gástrica para sólidos pré-revisional 1 hora após ingesta correlacionou-se positivamente com a probabilidade de atingir >= 10% PPTP em 12 meses. Ambos os grupos experimentaram reduções significativas nos níveis de LDL e triglicerídeos em 12 meses, e melhora no comportamento alimentar e QV em 3 meses. Houve 2 casos de estenoses (um de cada grupo) tratados com sucesso com dilatação endoscópica por balão. Conclusão: a APC isolada e APC-SET são semelhantes em termos de resultados técnicos e clínicos dentro de um ano de acompanhamento