Investigações sobre afetividade em Merleau-Ponty: contribuições para uma ética, política e psicologia fenomenológico-existencial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Vieira, Marcelo Georgétti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-01102014-163519/
Resumo: O objetivo deste trabalho é realizar uma averiguação, demonstração e explicitação, apoiada nos textos de nosso autor principal (Merleau-Ponty) e de seus comentadores, da seguinte hipótese: se assumirmos as considerações merleau-pontyanas sobre afetividade ao longo de sua produção nos anos 40 como cenário ou pano de fundo para nossas discussões, a noção de papel (rôle) - presente sobretudo nos textos políticos do autor na segunda metade dessa década - não somente torna-se uma figura dentro do pensamento do filósofo durante esse período, como também ganha um destaque central para se pensar na proposta de uma ética existencialista a partir da filosofia de Merleau-Ponty. Apesar de ser possível identificar em alguns poucos comentadores referências à noção de papel como indicação para a formulação de um pensamento ético merleau-pontyano, a originalidade de nossa proposta consiste na vinculação daquela noção com o referencial da afetividade. Como resultado, culminamos com uma concepção de subjetividade de matiz afetivo desvinculada dos prejuízos racionalistas da modernidade, que tampouco recai em um solipsismo reduzido a um conjunto de estados emocionais. Temos, ao contrário o desenvolvimento conceitual de uma intencionalidade afetiva cujo desenrolar prático mediado por papeis sociais implica em uma abertura ao mundo e a outrem que se dá tanto por uma ordem ontológica quanto por um tipo de discernimento operacional próprio a uma subjetividade fundamentalmente corporal que só encontra sua realização através da experiência concreta da coexistência.