Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Marcelo Georgétti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-12112013-160322/
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Resumo: |
No presente estudo, nos propomos a estudar a noção de psicopatologia presente nas primeiras obras de Merleau-Ponty, A Estrutura do Comportamento, publicada em 1942, Fenomenologia da Percepção, publicada em 1945, e em parte do resumo de cursos realizados na Sorbonne, realizados entre 1948 e 1952. Por não se tratar de um tema diretamente abordado pelo filósofo, e sendo a doença compreendida como um comprometimento da vida, em um primeiro momento nos ocupamos de esboçar a noção de vida para este, tida como um princípio auto-regulativo, normativo e polarizado para um conjunto de relações concretas entre o organismo e seu meio visando atender tanto às necessidades biológicas do primeiro quanto às demandas adaptativas impostas pelo segundo. Destacamos como fundamental a repercussão do pensamento de Goldstein dentro do pensamento merleau-pontyano, que contribuiu com uma concepção integracionista de organismo presente sobretudo na primeira obra de Merleau-Ponty (A Estrutura do Comportamento), e também com a noção de \"coming to terms\", isto é, do modo como se dá o ajuste entre o organismo e seu meio. Também nos reportamos a Georges Canguilhem, por sua afinidade com o pensamento do filósofo e pela importante contextualização desta noção de vida de que tratamos dentro da história da medicina. Em um segundo momento, nos ocupamos então de uma análise mais pormenorizada da noção de psicopatologia presente nas discussões sobre corporeidade que se apoiaram sobre a análise de quadros doentios presentes na Fenomenologia da Percepção e nos cursos da Sorbonne, o caso Schneider de lesão cerebral, da jovem afônica, do membro fantasma, das alucinações esquizofrênicas e das alucinações verbais. Ressaltamos as interlocuções entre o filósofo e Sartre, Minkowski, Politzer e o pensamento freudiano. Por fim, discutimos sobre a proposta de compreender a loucura como potencialidade criativa, uma implicação indireta para nosso tema presente no ensaio que Merleau-Ponty redigiu sobre Cézanne, publicado em 1948 sob o nome de A Dúvida de Cézanne. (FAPESP) |