Fertilidade e disponibilidade de fósforo em Latossolo tratado com lodo de esgoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Marcelo Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64134/tde-28022020-101754/
Resumo: A reciclagem agrícola de lodo de esgoto (LE) é uma alternativa para a destinação deste resíduo, promovendo a economia no uso de fertilizantes e aumento da fertilidade do solo. Devido a seus nutrientes serem liberados lentamente, torna-se necessário a avaliação da disponibilidade no solo. Elementos tóxicos e patógenos são barreiras para sua aplicação segundo a Resolução CONAMA 375/2006, porém a biomassa microbiana do LE é um componente na ciclagem nutricional no solo, como o fósforo (P), uma vez que imobilizam elementos em sua biomassa, disponibilizando-os após sua morte. Objetivou-se avaliar, após 12 meses da aplicação do LE, a disponibilidade de P no solo em suas frações lábeis, moderadamente lábeis e não lábeis por meio do fracionamento de Hedley; quantificar o P da biomassa microbiana, assim como teores de macro (P, K, Ca, Mg, S), micronutrientes (B, Cu, Fe, Zn, Mn) e características do solo (pH, matéria orgânica e H+Al) conforme métodos de rotina, em um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. O LE foi calculado para fornecer 50, 100 e 150% da recomendação de N, e os fertilizantes fosfatados 66 e 83% da recomendação de P, ambos com base na fertilização para elevada produtividade florestal. Os tratamentos foram: T1 Controle; T2 recomendação para elevada produtividade florestal; T3 recomendação SP; T4 LE50P83; T5 LE100P66; T6 LE100; T7 LE150, delineados em blocos ao acaso, com quatro repetições. O LE reduziu o pH em meia unidade até a dose de 150%, promoveu aumento linear de matéria orgânica devido ao aporte do resíduo e não afetou a acidez potencial (H+Al). Para os macronutrientes, o P foi influenciado pelos tratamentos T5 e T7, T6 e T2. O teor de K foi influenciado a partir da dose de LE100, independente de complementação. O LE afetou os teores de Mg em T7, mas não influenciou a disponibilidade de Ca. Para o S, houve aumento linear seguido por um decréscimo nas maiores doses de LE. Os micronutrientes não foram influenciados pelo LE, exceto o Mn, que sofreu redução nas maiores doses. O P microbiano aumentou linearmente com as quantidades de LE. O P-lábil foi influenciado pelo LE em todas as camadas nas doses de 100%, e foram iguais aos tratamentos minerais. As quantidades de 50% e 150% tiveram o mesmo comportamento. Para o P-moderadamente lábil, a quantidade de 150% promoveu maior teor em todas as profundidades e os demais tratamentos foram superiores aos minerais e equivalentes ao controle. O P-não lábil mostrou redução a partir da dose de 100% e os tratamentos controle e minerais apresentaram os maiores valores. As aplicações de LE influenciaram todas as variáveis avaliadas e mostraram capacidade de substituição ou complementação da fertilização fosfatada, desde que respeitado os parâmetros técnicos e legislativos