Variabilidade espacial das formas de fósforo em solo sob manejo conservacionista no sistema integrado de produção agroecológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gallo, Anderson de Souza lattes
Orientador(a): Lima, Eduardo
Banca de defesa: Lima, Eduardo, Ceddia, Marcos Bacis, Stafanato, Juliano Bahiense, Araújo, Ednaldo da Silva, Oliveira Filho, José de Souza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9021
Resumo: O fósforo (P) está entre os elementos mais importantes para o vigor e desenvolvimento das plantas. Contudo, possui forte tendência de reagir com componentes do solo, tornando-se indisponível às plantas. Diversos fatores podem afetar a dinâmica e distribuição espacial do P no solo, inclusive, o sistema de manejo adotado. Sistemas conservacionistas, com aporte frequente de matéria orgânica, podem favorecer os teores da fração orgânica do P, que após a mineralização, constitui uma fonte de P para as plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial das formas orgânicas e inorgânicas de P em solo sob manejo conservacionista. Além disso, visando avaliar a relevância do P orgânico nos solos agrícolas, foi realizado um estudo da estrutura e evolução da produção científica sobre P orgânico do solo a nível global, utilizando abordagem bibliométrica. Para avaliar a estrutura e evolução da produção científica sobre P orgânico (capítulo I) foram realizadas buscas por trabalhos indexados na base Web of Science, no período de 1998-2018. Para avaliar a variabilidade espacial das formas de fósforo em solo sob manejo conservacionista (capítulo II), estudou-se uma área constituída de um módulo experimental de produção orgânica de hortaliças, com fertilização exclusivamente a base de fontes vegetais. Foram coletadas amostras de solo em 72 pontos da área, com grade de pontos a cada 10 metros. As amostragens ocorreram em cinco profundidades: 0-0,05 m; 0,05-0,10 m; 0,10-0,20 m; 0,20-0,40 m e 0,40-0,60 m, totalizando 360 amostras. Foram extraídas as frações lábil, moderadamente lábil e moderadamente resistente das formas inorgânicas e orgânicas de P, além da fração P residual e P total (soma de todas as frações). Além disso, foram determinados alguns atributos químicos e físicos do solo, a fim de verificar a influência destes na distribuição das formas de P na área. No estudo bibliométrico, o número de publicações e citações aumentou linearmente em função dos anos, com o maior número de publicações em 2015 (73 artigos) e de citações em 2018 (2754 citações). No período considerado, foram encontrados 80 países publicando estudos sobre P orgânico do solo. Entre eles, os EUA foi o mais produtivo, com 207 artigos (21,85% do total), seguido por China (13,41%, N = 127) e Austrália (11,93 %, N = 113). Conclui-se que o P orgânico do solo representa um tema científico relevante, que deve ser considerado por governos e países em suas políticas científicas e tecnológicas. No estudo da variabilidade espacial, os resultados indicam que o manejo adotado, aliado às características inerentes ao solo da área, influencia a variabilidade espacial das frações orgânicas e inorgânicas de P, principalmente as menos estáveis (lábil e moderadamente lábil). A forma inorgânica teve maior participação no P total do solo, exceto na profundidade 0,20-0,40 m, em que o P orgânico foi mais expressivo. A distribuição espacial das formas de P na área evidencia que a adubação fosfatada deve ser realizada considerando zonas de manejo, evitando que áreas com pouca necessidade de P recebam as mesmas quantidades que as com deficiência. As informações contidas no presente estudo podem ser usadas para otimizar as aplicações de fertilizantes contendo P, aumentando a produtividade das culturas, reduzindo os custos e os possíveis problemas ambientais advindos de práticas inadequadas de fertilização.