A composição de música popular cantada: a construção de sonoridades e a montagem dos álbuns no pós-década de 1960

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Molina, Sergio Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-12052015-002336/
Resumo: Este trabalho propõe uma fundamentação teórica para investigação de determinadas técnicas de composição de música popular cantada que surgiram e se consolidaram a partir da década de 1960. Considera-se que o desenvolvimento tecnológico desse período permitiu à música popular cantada, a partir de então, realizar operações composicionais por processos de montagem, diretamente em fita. Adaptando para o campo da música formulações cunhadas originalmente por Mikhail Bakhtin para o discurso verbal, propomos um entendimento do álbum de fonogramas como um gênero complexo do discurso musical que se organiza na forma-momento. Considerando cada fonograma como um momento distinto no sentido sugerido por Stockhausen estuda-se, especialmente, a construção das sonoridades em contraste, tendo como referência as ferramentas de análise propostas por Didier Guigue para a música do século XX. Nesse contexto, discutem-se, também, as interações rítmicas de base que particularizam a música popular das Américas, resultantes do embate entre os ciclos assimétricos herdados da música tradicional africana e os compassos simétricos da música europeia dos séculos XVIII e XIX. Como conclusão, as ferramentas apresentadas são aplicadas na análise da montagem do álbum Minas, de Milton Nascimento.