Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Renata Pina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17160/tde-25042018-161435/
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Resumo: |
Introdução: a epilepsia reflexa é uma condição na qual todas as crises são desencadeadas por um estímulo específico e, na grande maioria dos casos, apresenta-se com crises refratárias ao tratamento. São vários os fatores desencadeantes, entre os quais se destaca pela raridade a evacuação. Objetivos: realizar revisão de literatura sobre epilepsia reflexa, identificar a evacuação como possível fator desencadeador de crise epiléptica e relatar o caso de um paciente com crise reflexa evacuatória documentada à monitorização por vídeo-eletroencefalograma Métodos: revisão de literatura acerca de epilepsias reflexas e revisão de prontuário de um paciente com suspeita clínica de epilepsia reflexa evacuatória. Resultados: o paciente deste estudo, um menino de 10 anos de idade, com dominância manual esquerda, iniciou, aos 4 anos, crises associadas à evacuação. Na monitorização por vídeo-eletroencefalograma, durante episódio de evacuação, apresentou parada comportamental, desvio cefálico para a direita, automatismos em membro superior esquerdo e arresponsividade, coçando o nariz tardiamente com a mão esquerda. O EEG ictal demonstrou atividade rítmica teta em região temporal esquerda com posterior envolvimento frontal esquerdo e de áreas homólogas contralaterais. As ressonâncias magnéticas de encéfalo não evidenciaram alterações e o SPECT interictal identificou hipoperfusão discreta na porção anterior do lobo temporal esquerdo. Com uso de ácido valpróico e carbamazepina o paciente segue livre de crises. Avaliações neuropsicológicas e de qualidade de vida sugerem comprometimento global, tanto antes como após o controle da epilepsia. Conclusão: este é apenas o terceiro caso de epilepsia reflexa evacuatória descrito na literatura, e o segundo com crises dessa ordem documentadas por vídeo-eletroencefalograma. Ambos sugeriram lateralização e localização em região temporal esquerda, elegendo esta região como potencial zona epileptogênica. O tratamento com ácido valpróico e carbamazepina mostrou-se eficaz para controle de crises neste paciente, podendo ser uma opção de tratamento em outros pacientes com este tipo de epilepsia. |