Pesquisa de genes de virulência em cepas de Listeria monocytogenes e Listeria innocua originárias de carne suína e ambiente de abatedouros e açougues

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Moreno, Luisa Zanolli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-03062013-084847/
Resumo: Introdução - A bactéria Listeria monocytogenes é um agente zoonótico transmitido, principalmente, por alimentos. Dentre as fontes de contaminação, destacam-se os produtos de origem láctea, carnes e embutidos, além dos ambientes da indústria de processamento alimentício. Na última década, foram detectadas cepas de L. monocytogenes e L. innocua, em ambiente de frigoríficos e alimento. Estas apresentavam variação na intensidade da virulência para células eucarióticas decorrente de mutações nos genes de virulência. Esta alteração em ambas as espécies, e o relato de um caso fatal de listeriose humana ocasionada por L. innocua atípica demandam atenção, pois apresentam maior risco à saúde da população exposta a estes ambientes e alimentos tornando-se, portanto, uma importante questão de saúde pública. Objetivo - Pesquisar genes de virulência em cepas de L. monocytogenes e L. innocua, isoladas em pontos da linha de abate suíno e do comércio de carne no Estado de São Paulo. Material e Métodos Foram estudadas 40 cepas, dentre estas, isolados de L. monocytogenes e L. innocua com atividade hemolítica atípica. Foram realizados testes de atividade hemolítica e produção de fosfolipase A para caracterização dos isolados. A detecção dos genes de virulência foi realizada através da reação em cadeia pela polimerase (PCR). Para confirmação das sequências amplificadas e a análise das mesmas, os fragmentos obtidos foram sequenciados. A identificação molecular das espécies foi realizada por análise filogenética dos genes prs e 16S rRNA. Resultados Dos 40 isolados, cinco de L. monocytogenes e sete de L. innocua apresentaram atividade hemolítica atípica, sendo que nestes últimos também foi observado halo atípico no meio ALOA. As cepas de L. monocytogenes foram positivas para a detecção de todos os genes de virulência estudados. Dois dos isolados atípicos de L. innocua também foram positivos para todos os genes e os outros cinco foram positivos para hly, plcA e inlC. Foram detectadas mutações nas proteínas InlC, InlB, InlA, PI-PLC, PC-PLC e PrfA, nas cepas atípicas, que resultaram em alterações nas suas estruturas secundárias que podem explicar o fenótipo desses isolados. A confirmação de espécie apenas foi alcançada com a análise filogenética do 16S rRNA. Conclusões A partir desses resultados, foi proposta a utilização dos genes prfA, plcB e inlB, como forma de triagem, para diferenciar as espécies L. monocytogenes e L. innocua, de modo a complementar os testes fenotípicos