Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bonfiglioli, Cristina Pontes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-24102022-181344/
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Resumo: |
Pretende-se discutir, a partir da História da Fotografia e da Tecnologia e de suas relações com a História da Arte, os aspectos representacionais e não-representacionais de imagens produzidas tecnologicamente, nas quais a ideia de distância está implicada. Tal implicação aparece em imagens produzidas tanto por máquinas fotográficas analógicas ou digitais, manipuladas por artistas, cientistas ou astronautas, quanto por equipamentos eletrônicos de captura de infravermelho, como os instalados em telescópios (terrestres ou espaciais, como o Hubble), em satélites (como o MRO satellite) ou em sondas espaciais (como a Cassini- Huygens). Apesar de seus complexos e distintos processos de produção, tais imagens são percebidas (no sentido fenomenológico do termo) pelos observadores que as fitam ora como paisagem (landscape), ora como natureza (physis), ora como experiência (artística como a do belo e do sublime), ora como entretenimento midiático. Tal jogo de significações depende do lugar discursivo em que essas imagens são apresentadas (artigo científico, revista de divulgação científica, fotolivro ou portal de notícias) de modo a reforçar um modo de ver, mas também um modo de interpretar e de sentir essas mesmas imagens fotográficas. Para estruturar essa discussão, levar-se-á em consideração a tradição conceitual e interpretativa da Fotografia caracterizada por sua conformação indicial, a saber, registro mecânico, produzido por auxílio de máquina, que carrega a presença de uma ausência, condição que também constitui as imagens de modo mais amplo. Essa noção convencional parece determinar a rejeição de algumas das imagens tecnológicas alvo desta pesquisa como representações legítimas, uma vez que sua produção altamente tecnologizada é muitas vezes percebida como retoque, ajuste, correção ou alteração equivocada do registro imagético, aproximando tais imagens da estética da fotografia contemporânea. Partiremos, assim, do pensamento de Kazimir Malevich e da nova visibilidade que propõe, a da fotografia vertical, i.e., a fotografia feita à grande distância do objeto ou do assunto visado, na qual não há horizonte visível, e que perde referência terrestre quando se trata de \"fotografar\" nebulosas ou projetar graficamente singularidades como buracos negros. |