Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Clara, Carlos Afonso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-26052011-115043/
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Resumo: |
O glioblastoma multiforme (GBM) é o tumor mais agressivo do Sistema Nervoso Central (SNC) e caracteriza-se por um alto poder angiogênico que está diretamente relacionado com a capacidade invasiva e inversamente com o prognóstico. A angiogênese contribui para a malignidade por prover a oxigenação e o suprimento nutricional necessários para o crescimento e invasão do tumor. O GBM prolifera sob um ambiente de hipóxia e o fator induzido por hipóxia (HIF-1) apresenta um papel fundamental na ativação da transcrição de genes alvo que favorecem a angiogênese e evitam a morte celular. O fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) e o fator de crescimento derivado da plaqueta C (PDGF-C) são agentes de grande interesse na angiogênese tumoral e que podem ser modulados pelo HIF-1. Foi realizado tissue microarray(TMA) de 208 casos de GBM e estudados pelo método de imunoistoquímica os marcadores HIF-1, VEGF e PDGFC. Os resultados foram correlacionados com a angiogênese avaliada através da densidade microvascular (DMV) pelo CD34, CD105, VEGF e PDGF-C, com a proliferação celular endotelial através da marcação nuclear pelo KI-67 e também com a sobrevida. A expressão tumoral do HIF-1 foi observada em 184 casos (88,5%), a do VEGF em 131 (63%) e a do PDGF-C em 160 (77%). As DMVs medianas pelo CD34, PDGF-C, VEGF e CD105 foram, respectivamente, 20, 16, 5 e 6. Os GBMs com marcação positiva pelo HIF-1 tiveram uma DMV mediana pelo CD34 de 30, enquanto que nos negativos a DMV mediana foi 14 (p<0,001). A expressão tumoral positiva pelo HIF-1 teve correlação com a marcação tumoral pelo VEGF e PDGF-C (p<0,001). Houve também uma correlação entre a marcação do VEGF e do PDGF-C tanto no tumor (p=0,001) como na célula endotelial (p<0,001). A expressão do VEGF no tumor teve correlação com a sua expressão no vaso (p<0,001). Células endoteliais marcadas pelo PDGF-C e pelo VEGF também foram marcadas pelo CD105 e seus núcleos pelo KI-67 confirmando seu padrão neoangiogênico e proliferativo. A marcação nuclear das células tumorais pelo VEGF teve impacto na sobrevida (p=0,002), bem como as marcações nucleares pelo HIF-1 e VEGF (p=0,005). Em conclusão, este estudo mostrou que a expressão do HIF-1 está associada com as expressões do VEGF e do PDGF-C e que houve uma correlação desses marcadores com a angiogênese no GBM. |