Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Faustino, Alexandre Ciuffi Correa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17159/tde-08092022-160858/
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Resumo: |
Introdução: Gliomas de alto grau são relativamente raros em adultos, porém são os tumores primários mais comuns do cérebro, sendo responsáveis por 2% de todas as neoplasias em adultos. Glioblastoma multiforme é um glioma de alto grau com um prognóstico pobre e apesar da combinação de modalidades de tratamento a sobrevida permanece baixa. Evidencias demonstram que a utilização de temozolomida melhora sobrevida global, porém maioria dos pacientes do sistema publico não tem acesso a essa droga, e dados brasileiros do prognóstico de pacientes com GBM é escasso em todos os cenários Objetivos: Mostrar os padrões de falha e fatores prognóstico de portadores de Glioblastoma Multiforme (GBM) tratados no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto com radioterapia, quimioterapia concomitante e adjuvante com Temozolomida (TMZ) Métodos: Estudo de coorte retrospectivo com dados coletado dados de prontuário eletrônico de pacientes tratados no no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP entre 2009 e 2017. Incluídos pacientes com diagnóstico pós operatório de GBM e que receberam radioterapia pós operatória. TMZ foi realizada concomitantemente com 75 mg/m2/dia por 28 dias consecutivos e adjuvantemente com 150-200mg/m2/dia por 5 dias a cada 28 dias. Falha foi definida como radiográfica quando qualquer nova lesão com hipersinal em sequencia T1 de ressonância magnética ou falha confirmada por biópsia. Quando recorrência, se possível pacientes eram resgatados com TMZ metronômica. Diversos Fatores prognósticos foram avaliados para sobrevida global. Analise multi e univariadas foi realizada para definir fatores prognósticos significativos. P valor < 0.05 foi considerado significativo Resultados: 50 pacientes foram incluídos no estudo. O tempo médio de acompanhamento foi de 21 meses. A dose mediana de RT foi de 60 Gy com todos os pacientes recebendo TMZ concomitante. No tempo de acompanhamento, ocorreram 41 falhas (83,6%); 34 (83%) dentro do campo de tratamento, 4 (9,7%) dentro da margem e 3 (7,3%) falhas adistantancia. A TMZ metronômica foi utilizada como tratamento de resgate em 22 (44%) e combinada com o tratamento local em 12 (24%). A SG mediana e o tempo de sobrevida livre de progressão em toda a coorte foram 17 e 9 meses, respectivamente. Na análise univariada, os seguintes fatores foram significativos para melhor SG; ressecção cirúrgica máxima (p = 0,03), KPS> 70 no diagnóstico (p = 0,01), tratamento com TMZ metronômico (p = 0,038), RPA-III (p = 0,03) e tempo de falha> 9 meses (0,0001). Na análise multivariada, os seguintes fatores mantiveram-se significativos para melhor SG; TMZ metronômica (p = 0,01) e tempo de falha> 9 meses (p = 0,0001). Conclusão: A mediana da SG de pacientes brasileiros com GBM tratados com RT e TMZ é satisfatória. Embora a terapia com TMZ tenha se tornado o padrão de atendimento para pacientes com GBM recém diagnosticados, a recorrência é extremamente alta e a TMZ metronômica de resgate melhorou a sobrevida desses pacientes. |