Fatores associados à mortalidade em lista de espera por transplante hepático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Crescenzi, Alessandra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-20022024-125448/
Resumo: INTRODUÇÃO: Pacientes com doença hepática enfrentam desafios significativos relacionados ao funcionamento do fígado. O transplante ortotópico de fígado é a melhor terapia para os pacientes com doença hepática crônica avançada. Portanto, compreender o perfil de uma população é tarefa fundamental para garantir a eficácia, a efetividade e a igualdade dos serviços prestados a uma população com o objetivo de aumentar o bem-estar dos cidadãos. OBJETIVOS: Analisar os fatores associados aos desfechos (óbito, transplante ou exclusão da lista) dos pacientes em lista de espera de transplante hepático do Serviço de Transplante de Fígado do HCFMUSP. MÉTODOS: Estudo prospectivo longitudinal com receptores acima de 18 anos, incluídos na lista de transplante hepático no período de 01/01/2018 a 31/12/2019, no Serviço de Transplante de Fígado do HCFMUSP. Foram avaliadas as variáveis: sexo, idade, IMC, etiologia, MELD, tipo sanguíneo, comorbidades, internações e tempo de sobrevida na lista de espera. O cálculo da sobrevida foi feito acompanhando o paciente até um dos seguintes desfechos: óbito, transplante ou removido de lista. RESULTADOS: Foram incluídos prospectivamente 415 pacientes, com maioria era do sexo masculino com 60,7%. A idade média foi de 55 ± 12 anos, com raça predominante a branca (83,1%). A média do IMC foi de 27,9 kg/m2 e maior prevalência no tipo O (47%). A comorbidade frequente foi o diabetes melittus em 29,8%. A etiologia da cirrose mais frequente foi a cirrose OH, 37,3% e 62,6% por CHC com situação especial. Do número total de pacientes, 47,46% foram submetidos a transplantes, permanecendo na lista de espera por um período de 178±159 dias e 29,15% dos pacientes foram a óbito em 153±157 dias. CONCLUSÔES: A taxa de sobrevida dos pacientes em lista que foram ao óbito foi de 32% e a taxa dos pacientes que foram transplantados foi de 61%, ambos em 12 meses. Pacientes incluídos na lista com valor de MELD inicial e final maior que 26 pontos, que foram incluídos por critério de situação especial e que internaram por complicações da cirrose tiveram o maior risco relativo ao transplante e ao óbito