Carcinoma hepatocelular pós-transplante hepático: análise de 10 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Joyce Roma Lucas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11774
Resumo: Atualmente o melhor tratamento com potencial curativo para um grupo selecionado de pacientes com carcinoma hepatocelular (CHC) é o transplante hepático (TH). A sobrevida no pós-TH está relacionada com o diagnóstico precoce do tumor e com técnicas terapêuticas mais eficientes. Todavia, encontramos diferentes taxas de recidiva do CHC em pacientes dentro dos mesmos critérios para TH. Isto significa que podem existir outros fatores responsáveis pela recidiva tumoral (RT) no pós-TH. O objetivo deste trabalho foi analisar a RT dos pacientes que foram submetidos a TH por CHC em um centro onde o pool de doadores é limitado, assim como avaliar o impacto do atual sistema de alocação de órgãos na sobrevida a longo prazo no Serviço de TH do Hospital Geral de Bonsucesso. Um estudo retrospectivo dos prontuários dos pacientes submetidos a TH por CHC com doador cadáver e doador vivo conforme critérios de inclusão e exclusão foi realizado no período de junho de 2001 à junho 2011. O acompanhamento compreendeu um período mínimo de 10 meses e máximo de 10 anos pós-TH. Foram analisadas as sobrevidas do grupo de TH doador vivo e cadáver, antes e após a implementação do MELD score no grupo cadáver. Dos 423 transplantes hepáticos foram selecionados 93 (21.9%) pacientes com explante confirmando CHC. Na análise global, foram observadas 14 recidivas (15 %). Metade (7casos) ocorreram no fígado e a outra metade no pulmão (5 casos), osso (1 caso) e linfonodos (1 caso). O tempo médio entre o TH e a recidiva foi de 7.57 ± 4.71 meses com a mediana de 6 meses, variando de 2 a 17 meses. A presença de invasão vascular apresentou impacto na recidiva da população estudada (RR 12.27, IC 95% 2.9-51.5, p= 0.006). As sobrevidas foram semelhantes em ambos os grupos, transplante hepático doador cadáver (THDC) e transplante hepático doador vivo (THDV) sem diferenças significativas (p=0.35). No entanto, diferentemente dos resultados encontrados na literatura, o MELD score não modificou a sobrevida a longo prazo no grupo THDC (p=0.39)