A percepção das famílias dos alunos da educação básica sobre o ensino remoto durante a pandemia: um estudo sobre equidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Natália Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-12082024-102923/
Resumo: A pandemia da COVID-19, no ano de 2020, trouxe diversas ações para a prevenção, dentre elas o isolamento social. Para evitar a propagação do vírus, as aulas presenciais na Educação Básica foram suspensas e o modelo remoto implementado. Tal situação deu mais visibilidade à questão das desigualdades sociais, apontando campos para a pesquisa. A equidade, compreendida como o reconhecimento de diferentes necessidades de acordo com suas peculiaridades, é conhecida, também, como justiça social; é um dos sete princípios da Promoção da Saúde, que tem como definição a participação ativa do sujeito na melhoria da qualidade de vida. O objetivo desta pesquisa é analisar a percepção dos familiares dos alunos matriculados em uma escola pública de Educação Básica da rede estadual, sobre a relação entre o ensino remoto na pandemia, o contexto social e o princípio de equidade da Promoção da Saúde. É uma pesquisa qualitativa, que possui como referencial a Teoria Histórico-Cultural de Vigotski e seus colaboradores. Os participantes são as famílias dos alunos do Ensino Fundamental I e II cujos alunos, assim como a escola, estão inseridos no contexto de periferia da cidade. A realização da coleta foi de modo on-line, por meio da ferramenta de questionários do Google Forms, com questões de múltipla escolha e questões abertas. A análise dos dados foi feita por meio da análise temática delineada por Braun e Clarke, que se subdivide em seis etapas: familiarização com os dados, geração de códigos iniciais, busca por temas, revisão de temas, definição e atribuição de nomes aos temas, e a elaboração do relatório. Os resultados informam que as famílias, e consequentemente suas crianças apresentam os marcadores sociais da diferença como cor da pele, gênero e classe social. A equidade foi confundida com igualdade, à medida em que os familiares consideram, por exemplo, ter havido equidade pelo fato de o governo ofertar os materiais para manter o ensino. Por outro lado, o Ensino Remoto Emergencial apontou a importância do ensino presencial, e o fato de que não ter havido relação professor-aluno, ambos presentes, trouxe decorrências negativas à aprendizagem. Ações com atividades que visem a Promoção da Saúde e trabalhem a equidade são sempre bem-vindas nos espaços escolares, e podem trazer importantes contribuições para a mudança desse cenário.