Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fender, Wilian Donnangelo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-24092018-110521/
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Resumo: |
O trabalho de análise não se encerra quando se encerra a sessão analítica. Não se encerra nem para o paciente - que segue em análise - nem para o analista que, a partir das sessões, pode seguir o trabalho na direção da construção do caso clínico. No entanto, o relato das sessões não faz o caso. Dessa inferência, surge nossa questão: o que é essa operação de construção realizada pelo analista que viabiliza essa transformação? E, mais ainda, quais os efeitos que essa construção possibilita? Dessa maneira, esta pesquisa tem como objetivo investigar a construção do caso clínico em psicanálise, de maneira a compreender essa operação e seus efeitos. Deste primeiro objetivo, desdobram-se três objetivos específicos, que correspondem aos objetivos de cada capítulo de nossa organização. O método utilizado foi a investigação da bibliografia específica da área. De cada capítulo, que organizam nossos resultados, temos que: 1) a noção de construção em psicanálise é uma noção que embasa a construção dos casos clínicos, 2) a noção de caso clínico em psicanálise corresponde a um depósito de tradições específicas, tornando o caso clínico escrito para publicação um gênero literário e 3) a construção do caso clínico em psicanálise pode ser organizada didaticamente em objetivos, funções e elementos que a compõem. Elaboramos ainda um quarto capítulo em que a experiência clínica é discutida, com base em nossos achados, a fim de elencar alguns efeitos clínicos que as noções investigadas implicam no tratamento e na clínica psicanalítica. Concluímos que, para que um paciente em psicanálise possa ser chamado de caso, é preciso que o material clínico passe pelo trabalho de construção, realizado por um analista, ou seja, um rearranjo dos elementos recolhidos das sessões analíticas e que possibilita a construção do caso. Apesar dos diversos objetivos, elementos e articulações que elencamos, possíveis na construção de um caso clínico, é dado que a maneira de construir é singular e é determinada pela prática de cada um e pelo destinatário da construção. No entanto, concluímos que se há uma construção, é possível um analista comunicar o caso para além de seu relato, trazendo elementos 10 clínicos, noções e conceitos psicanalíticos que formam a essencial dialética entre teoria e prática |