Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Gustavo Henrique Cepolini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-18012019-145512/
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Resumo: |
A presente tese é oriunda de uma análise da obra cinematográfica de Adrian Cowell (1934-2011), sobretudo, a partir das produções inerentes à Amazônia brasileira no período de 1980 a 1990, através da série A década da destruição, bem como as produções documentais mais recentes que revisitam a referida década da destruição e apresentam seus possíveis legados a partir de diferentes resistências e territorialidades da Amazônia Legal brasileira e suas implicações e conexões numa escala mundializada. Dessa maneira, objetivou-se comprovar, no decorrer da referida pesquisa, a importância da obra cinematográfica de Cowell ancorado em quatro dimensões indissociáveis: a primeira visa comprovar que seu acervo cinematográfico é o maior sobre a Amazônia, o segundo versa sobre os intensos e atuais registros dos conflitos no campo, o terceiro remete ao papel das políticas públicas territoriais na Amazônia em consonância com a teoria dos conflitos agrários envolvendo indígenas, posseiros, sem terras, camponeses, entre outras populações extrativistas/tradicionais e, por fim, a última dimensão indica uma contribuição pedagógica, ou seja, os documentários como instrumento de pesquisa, linguagem, denúncia e recurso político-pedagógico para as escolas. Assim, o argumento central da tese é, justamente, defender que a década da destruição proposta por Cowell ultrapassa qualquer limitação temporal, pois constata-se que as terras públicas são constantemente griladas na Amazônia e em outras regiões do país. Por isso, é possível inferir, no decorrer das análises da sua obra cinematográfica em consonância com a revisão bibliográfica, atualização dos dados advindos da Comissão Pastoral da Terra (CPT), bem como trabalhos de campo que as resistências e territorialidades filmadas por Adrian Cowell no período de cinquenta anos (1958-2008) evidenciam uma leitura profícua sobre a teoria dos conflitos agrários na Amazônia, cujas marcas remetem às lutas de classes antagônicas, conflitos ambientais e territoriais e demais contradições no seio da formação da sociedade capitalista. |