Efeitos do alumínio e do estresse hídrico sobre perfís polipeptídicos em grãos de cultivares de arroz (Oryza sativa L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Aires, Dulce Maria Junqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-143419/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivos identificar a fração ou frações proteicas, nas quais ocorra variação na composição polipeptídica do grão de cultivares de arroz, comparar os padrões de síntese de polipeptídeos durante o desenvolvimento do grão de diferentes cultivares, determinar os possíveis efeitos do suprimento de alumínio sobre a composição polipeptídica do grão, examinar o efeito de estresse hídrico sobre a composição polipeptídica do grão maduro. Perfis polipeptídicos de extratos de endosperma de amostras de grão maduro e em desenvolvimento das cultivares IAC-1246, Agulha, Cartuna e Nuglin-24, foram comparados por eletroforese, usando o procedimento de LAEMMLI (1970), adaptado para uso em placas de gel de poliacrilamida. Também foram determinados os pesos e teores de proteína de amostras do grão maduro e em desenvolvimento. Pelo uso de solventes apropriados, as três frações proteicas, albumina + globulina, prolamina e glutelina, foram extraídas das amostras e seus perfis polipeptídicos foram determinados. Os perfis proteicos não dissociados das frações albumina + globulina foram obtidos pelo procedimento descrito por DAVIS (1964). Os efeitos da toxidez de alumínio e estresse hídrico durante o desenvolvimento das plantas, nos perfis polipeptídicos do endosperma do grão também foram examinados. A influência de diferentes níveis de estresse hídrico foi estudada, usando amostras das cultivares IAC-47, IRAT-13 e IET-1444. Para estudo dos possíveis efeitos da toxidez do alumínio, plantas das cultivares IAC-1246, Agulha, Cartuna e Nuglin-24 cresceram até a maturidade em soluções nutritivas contendo alumínio, nos níveis de 0, 10, 20, 40 e 80 ppm. A altura e porte das plantas, comprimento e peso da matéria seca das raízes, do colmo, número de perfilhos e panículas, peso médio e dimensões do grão, perfis polipeptídicos do grão foram determinados ao final do ciclo das plantas. Também foram estudados os perfis polipeptídicos durante o desenvolvimento do grão. Os teores de proteína do grão maduro variaram de 11,90% na cultivar IAC-1246 a 13,33% na cultivar Cartuna, e mostraram uma correlação negativa com o peso do grão. Os perfis polipeptídicos do endosperma destas amostras apresentaram os mesmos componentes principais, com PMs de 12400; 29000 e 32000 e a maioria dos componentes menores também foram similares. Diferenças entre cultivares foram observadas no grupo de polipeptídeos com PMs de 12400 a 32000 e polipeptídeos com estes PMs foram detectados nas frações albumina + globulinas e glutelinas dos endospermas. Os perfis destas duas frações foram muito similares e eles corresponderam intimamente com os perfis dos extratos dos grãos. Os perfis das frações prolaminas foram muito simples e usualmente exibiram apenas, componentes com PM ≤ 12000. Somente pequeno número de componentes foi detectado nos perfis do endosperma do grão, quatro dias após o florescimento (DAF), e diferenças entre cultivares foram observadas. Perfis muito semelhantes àqueles obtidos do endosperma do grão maduro (30 DAF) foram também encontrados no endosperma do grão a 10 DAF. Estresse hídrico durante o desenvolvimento das plantas não alterou os perfis polipeptídicos do endosperma do grão maduro de duas cultivares, IAC-47 e IRAT-13, exceto no nível de 55% da evapotranspiração máxima (ETm). O perfil do endosperma do grão da cultivar IET-1444 também foi afetado pelos níveis de 55% e 70% da ETm. O nível relativamente alto do alumínio (80 ppm) causou reduções substanciais na produtividade das cultivares IAC-1246, Agulha, Cartuna e Nuglin-24. Entretanto, a produtividade foi menos afetada na cultivar Agulha. Estas reduções resultaram, principalmente do decréscimo no número de grãos e decréscimo do peso médio por grão contribuiu pouco para aquelas reduções. Nenhum efeito do alumínio foi observado nos perfis polipeptídicos. Os efeitos adversos do alumínio na produtividade foram mais diretamente correlacionados com o decréscimo no peso da raiz do que com o comprimento da raiz. Diferenças nos parâmetros de desenvolvimento das plantas foram detectadas entre as cultivares. Os resultados de arroz de sequeiro foram discutidos, especialmente com relação a trabalhos publicados sobre polipeptídeos de arroz irrigado e com relação aos efeitos da toxidez do alumínio sobre o arroz de sequeiro.