Capital natural, crescimento econômico e riqueza: reflexões a partir da abordagem e modelagem de sistemas complexos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Branco, Evandro Albiach
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100132/tde-22012013-163754/
Resumo: A histórica desconsideração da variável ambiental dentro da concepção teórica e dos modelos de crescimento econômico revela um posicionamento ideológico muito claro: a resistência na aceitação do ambiente como fator limitante ou mesmo como elemento estratégico do ponto de vista da riqueza de uma nação ou região. Para além das questões mais frequentemente debatidas, que associam os elementos do ambiente a meros insumos necessários aos processos produtivos, a consideração de conceitos não usuais no arcabouço teórico da economia tradicional, como serviços ecossistêmicos, resiliência, entropia e histerese, teria condições de ampliar e relativizar a interpretação de uma série de premissas e dogmas da ciência econômica tradicional. O conceito de capital natural, neste sentido, apresenta-se como fundamental e estratégico, uma vez que permite acomodar toda a complexidade inerente à dimensão ambiental e relacioná-la com o sistema socioeconômico, adequando e balizando o enquadramento da questão da sustentabilidade. Ainda, o presente trabalho parte da definição fundamentada de que ambos os sistemas - econômico e ambiental - são essencialmente complexos e, que os efeitos das relações entre os mesmos não são triviais e possuem altos níveis de incerteza associados à sua dinâmica. Dentro dessa orientação, o trabalho se propôs a realizar uma reflexão sobre a sustentabilidade sob a ótica dos sistemas complexos, por meio de uma revisão bibliográfica crítica e de um exercício de modelagem baseada em agentes para a simulação do crescimento econômico considerando a variável ambiental. As análises realizadas indicam que a incorporação de novos conceitos oriundos dos sistemas complexos poderiam estabelecer um novo suporte para a análise de políticas macroeconômicas de crescimento, da sustentabilidade e, em última instância, contribuir com o fortalecimento de premissas básicas da economia ecológica.