Levantamentos fitossociológicos aplicados à vegetação de Cerrado; utilizando-se de fotografias aéreas verticais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Batista, Eduardo Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-151000/
Resumo: Neste trabalho procurou-se estabelecer uma metodologia para identificar a fitofisionomia da vegetação de Cerrado baseando-se na fotointerpretação de imagens obtidas a partir de fotografias aéreas verticais pancromáticas, bem como para estudar a evolução desse tipo de vegetação e, ainda, determinar a área mínima para amostragem da mesma, para executar levantamentos florísticos dessa comunidade. A área escolhida para o estudo foi a Reserva Biológica de Moji-Guaçu, com 470,04 ha, localizada na região fisiográfica denominada Depressão Periférica Paulista, no município de Moji-Guaçu, S.P., entre os paralelos 22°18’S de latitude e 47°10’ de longitude (W). A evolução da vegetação foi estudada por fotointerpretação a partir de três conjuntos de fotografias aéreas verticais obtidas em 1962, 1972 e 1978, das quais as áreas (“manchas”) de vegetação com tonalidade e textura distintas foram delimitadas e, posteriormente demarcadas em cartas na escala 1:10.000. A comparação dessas “manchas” possibilitou avaliar a mudança na fisionomia da vegetação que se evidenciou no período de 1972 a 1978, acelerada pela ação antropogênica. Para a determinação da área mínima de amostragem, utilizou-se de um levantamento quantitativo feito através de um “trajeto” abrangendo toda a área de estudo, usando-se sub-amostras feitas em parcelas contínuas de 10 m x 20 m. A área acumulada dessas sub-parcelas correlacionadas com o número de espécies também acumulado, foram as variáveis que concorreram para a determinação da área mínima de amostragem que variou entre 1.400 m2 a 3.200 m2 para as formações típicas de Cerrado e 2.400 m2 onde a comunidade se apresentava mais compacta. Para o estudo da fitofisionomia da vegetação foram feitas as demarcações das áreas que apresentavam valores tonais e texturais diferentes a partir das imagens fotográficas de 1978 e, posterior constatação “in loco” através de um levantamento fitossociológico, utilizando-se na análise estatística o índice de valor de importância (IVI) das espécies contidas nas parcelas. Estas foram estabelecidas sistematicamente, uma para cada “mancha” de vegetação, com área mínima previamente determinada no presente trabalho. As diferenças apresentadas pela tonalidade e textura da fotografia quando delimitadas as “manchas” de vegetação em formações típicas de Cerrado, não foram constatadas estatisticamente em sua totalidade quando aplicado o teste de Friedman, deduzindo-se que a fitofisionomia do Cerrado não deve ser estabelecida, utilizando-se como método, somente a fotointerpretação com uso de fotografias pancromáticas. Apenas aquelas que se apresentaram com tonalidade e textura extremas é que puderam ser diferenciadas. Do levantamento fitossociológico feito, as espécies mais importantes, presentes na área de estudo foram: Qualea qrandiflora (Pau-Terra); Anadenanthera falcata (Angico); Stryphnodendron adstringens (Barbatimão); Tapirira guianensis (Peito-de-pomba); Myrcia tomentosa (Araçá) e Ouratea spectabilis (Murici).