Estrutura da vegetação lenhosa de cerrado stricto sensu e sua relação com o solo na Estação Florestal de Experimentação de Paraopeba-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Balduino, Alexander Paulo do Carmo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11210
Resumo: Este trabalho foi realizado na Estação Florestal de Experimentação de Paraopeba-MG, tendo como objetivos básicos: estudar a florística e fitossociologia de um hectare de cerrado stricto sensu; estabelecer comparações florísticas do cerrado estudado com outras amostras em outras localidades; analisar as distribuições diamétricas da amostragem total e das populações de maior densidade; e relacionar algumas características do solo com a vegetação. No levantamento florístico e fitossociológico, foram aplicadas 10 parcelas de 1.000 m² cada, em 10 áreas selecionadas de cerrado stricto sensu. A amostragem total resultou numa área basal de 18,1388 m²/ha e numa densidade de 1.990 indivíduos/ha de diâmetro igual ou superior a 5 cm ao nível de 0,30 m de altura do solo. Em se tratando do solo, foram coletadas, em cada parcela, 30 amostras simples, para obtenção de uma amostra composta, que foi submetida à análise química e física no Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa. A densidade das espécies foi correlacionada com algumas características físicas e químicas da camada superficial do solo (0-5 cm), por meio da análise de correspondência canônica (CCA). Em termos de riqueza florística, destacaram-se Leguminosae e Vochysiaceae, com 12 e 6 espécies, respectivamente. Entre as espécies, houve predomínio das entidades peculiares sobre as acessórias, o que seria justificado pela localização geográfica do cerrado stricto sensu da EFLEX (Paraopeba-MG). Os parâmetros fitossociológicos calculados em nível de família mostraram a dominância Leguminosae, da família Vochysiaceae Erythroxylaceae, o na grupo vegetação, das árvores destacando-se mortas, ainda Euphorbiaceae, Annonaceae, Myrtaceae, Malpighiaceae, Dilleniaceae, Clusiaceae e Rubiaceae. O grupo das árvores mortas alcançou o maior valor de importância, seguido por Qualea parviflora, Pera glabrata, Erythroxylum suberosum, Qualea grandiflora, Erythroxylum daphnites, Kielmeyera cf. grandiflora, Curatella americana, Eugenia dysenterica e Xylopia aromatica. As 11 amostras de cerrado stricto sensu comparadas apresentaram baixa similaridade na composição de espécies. Os agrupamentos formados nos diagramas de distância de ligação mostram relação com a localização geográfica das amostras e com a proporção de entidades peculiares e acessórias em cada amostra. O cerrado estudado e as espécies avaliadas apresentaram distribuição diamétrica de indivíduos e ramos tendendo ao “J” invertido, indicando uma estrutura equilibrada, com distribuição não- balanceada dos diâmetros. Os solos analisados mostraram-se, de maneira geral, muito ácidos, sendo constatada deficiência acentuada de P, Ca e Mg e teores maiores de K. Os teores de matéria orgânica e alumínio foram considerados médios e altos, respectivamente, em relação aos valores descritos na literatura. A classe textural da maioria das parcelas foi muito argilosa, sendo as das demais classificadas como argila e argilo-siltosa. Por meio da análise de correspondência canônica, foi possível detectar um padrão de variação da densidade das espécies, influenciado por algumas características edáficas, que responderam por 64,9% da variação existente nos dados de vegetação.