Histórico da urbanização e enriquecimento por metais em núcleos de sedimentos: geoquímica e geocronologia por 210Pb

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fernandes, Felippe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-06072018-115332/
Resumo: A barragem Mãe d\'Água foi construída em 1962, com o intuito de atender à demanda da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS, mais precisamente o Instituto de Pesquisas Hidráulicas – IPH, porém, devido à falta de planejamento urbano, durante os últimos anos, vem acarretando uma diversificada série de passivos ambientais, como contaminantes orgânicos e/ou inorgânicos. Neste seguimento, o presente trabalho buscou avaliar as concentrações totais dos metais e a composição isotópica por chumbo 210 nas diferentes frações de sedimentos produzidos na bacia hidrográfica que compõe a barragem Mãe d\'Água e, assim, caracterizar a distribuição da concentração dos metais ao longo da coluna sedimentar e inferir quanto ao processo de urbanização da bacia hidrográfica caracterizando a evolução. Com referência nestas concentrações dos metais encontradas nos sedimentos, construir uma perspectiva do processo evolutivo da degradação ambiental na qual a bacia vem sendo submetida através de estudos de geocronologia (210Pb). As coletas das amostras foram realizadas em junho de 2014, sendo amostrados testemunhos sedimentares distribuídos no lago da referida barragem e o levantamento batimétrico. Para a extração dos testemunhos foi utilizado um amostrador de núcleo Piston core. Com os resultados obtidos, foramrepresentadas as concentrações dos metais Zn e Ni os quais apresentaram tendências de enriquecimento, a geocronologia datou as camadas assoreadas sendo o maior intervalo de 42 anos de deposição sedimentar, o volume do assoreamento ocupando aproximadamente 44% do volume útil do reservatório e a taxa de urbanização com tendências de crescimento e para o ano de 2014 com 88,42% da bacia urbanizada, configurando portanto uma distribuição espacial e estabelecendo correlações entre os estudos da sedimentação ao longo das últimas cinco décadas. As concentrações dos metais presentes nas amostras foram, também, comparadas com os valores de background do local para melhor visualizar o processo de enriquecimento dos sedimentos por ações antropogênicas. Foi possível concluir que com a ampliação das áreas urbanizadas, acarretou no aumentou das concentrações dos metais e no volume de sedimentos depositados no reservatório, onde a urbanização sem planejamento desta bacia é o principal fator poluidor.