Identidade(s) docente(s), o sujeito-professor e suas escol(h)as: memórias, dizeres e fazeres de uma prática pedagógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Chuffi, Fernanda Aleixo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-09112016-092541/
Resumo: Apresentamos resultados de pesquisa, por meio da qual investigamos como se dá a construção das Identidades Profissionais de professores do ensino fundamental I (1º ao 5º ano), partindo de suas escol(h)as. Trabalhamos com o discurso enquanto efeito de sentidos, produzido num espaço de redes de filiações sócio-históricas de identificações. Trazemos os conceitos de sujeito, subjetividade e memória para compreendermos como o sujeito-professor é atravessado pelo outro ao falar da sua prática. Partimos do pressuposto de que não é possível apagar a história que constitui cada sujeito, pois o mesmo e o diferente se (re)significam a cada momento e sempre. Num espaço em que a formação não se faz antes da mudança, faz-se durante (Nóvoa, 1995), compreendemos os ecos nos dizeres dos sujeitos-professores que ressoam a ideologia e são atravessados pelo inconsciente, assim tomamos o discurso como o lugar da contradição o que não significa que apagaremos as oposições a ele inerentes, mas compreenderemos como essas contradições são intrinsecamente constitutivas dos sujeitos e sentidos. O aparato teórico que sustenta essa investigação é constituído pelas contribuições da Análise de Discurso de matriz francesa (pecheuxtiana), das Ciências da Educação e de alguns fios da Psicanálise freudo-lacaniana, teorias às quais nos filiamos. O corpus é formado por depoimentos orais (transcritos) de sujeitos-professores a respeito de sua trajetória profissional e experiências em formações (inicial/continuada). Ao propormos um espaço para o sujeito-professor se narrar, criamos momentos para que esse sujeito esteja em cena e encene um lugar para se dizer, para falar da sua trajetória de vida, numa história de confessar-se (Foucault). A partir de amplo espaço discursivo (Maingueneau), selecionamos alguns recortes para análise. Os gestos de interpretação que empreendemos permitem-nos considerar que: 1º) As marcas de subjetividade na voz desses sujeitos-professores nos processos de formação individual que implicam que esse sujeito, traga à tona sua memória discursiva e possibilidades de (se)dizer; 2º) circulam diferentes conceitos sobre formação, nas vozes dos sujeitos-professores, que se identificam com fundamentos e redes de sentidos aos quais tais conceitos estão filiados; 3º) ao falar de si, de suas experiências o sujeito-professor traz com suas recordações memória(s) e a (res)significação dos outros que o atravessaram em suas identificações; 4º) as experiências processuais afetam o sujeito-professor, mantendo-o inserido em formações discursivas que lhe fazem sentido(s).