Crash: identidades em colisão. O percurso do olhar na esfera do medo, do preconceito e da violência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Andréa Antonieta Cotrim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-09112010-111713/
Resumo: As características da conclamada identidade norte-americana transfiguraramse após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. As construções identitárias ressaltam o nacionalismo e as virtudes do povo estadunidense em oposição às de um Outro imaginado como perigoso e infiel. A profusão na mídia de notícias de ataques terroristas por toda parte faz com que a violência adquira uma aura onipresente, em especial, no horizonte das grandes cidades. Essas narrativas também produzem preconceito e medo que são representados em filmes como Crash - no limite. Diferentes articulações estéticas funcionam como estratégias na construção fílmica que traduz um país abalado e que necessita (re)constituir e (re)afirmar-se para, então, (des)construir e restabelecer narrativas e identidades. Neste sentido, nosso trabalho objetiva semear novos olhares sobre as narrativas que são enunciadas pelos norte-americanos após os eventos de 11 de setembro de 2001, ao invés de assentar verdades ou realidades de forma tácita, uma vez que as identidades estão atreladas ao contexto de sua produção. O panorama muda de acordo com as contingências que o sujeito, pertencente a várias comunidades simultaneamente, vivencia ao longo de sua história. Seja esta representação alegórica ou documental, posto que o diretor também se baseie em fatos reais do seu cotidiano para lançar-se na ficção, o projeto justifica-se pela tentativa de esboçar uma significação de pertencimento, levando-se em conta o loci de enunciação dos interlocutores. Logo, procuramos imprimir uma tradução de Crash como representação dessa teia de significados, na qual é possível estabelecer a interconexão entre identidade, medo, preconceito, violência e reflexão crítica.