Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Baldissera, Vanessa Denardi Antoniassi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-26042010-101045/
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Resumo: |
Ainda que destinada a um grupo que vivencia e experimenta um corpo doente, a Educação para a Saúde não pode centrar-se nos mecanismos fisiopatológicos e nas terapias medicamentosas, porque seria desconsiderar a vida e as dimensões do ser humano que vão além da corporeidade. Temas transversais, cercados de conceitos pré-elaborados e enraizados em mitos, tabus, preconceitos e crendices, como a sexualidade e o lazer, são entendidos como demandas urgentes para colaborar com a qualidade de vida, uma vez que foram relegados na nossa história, ainda que partes integrantes da constituição do homem. Neste contexto o presente trabalho objetivou investigar, com portadores de hipertensão arterial sistêmica, de um Centro de Saúde de uma cidade do noroeste do Estado do Paraná-Brasil, qual o impacto da Educação para a Saúde, levantando seus problemas relacionados às temáticas lazer e sexualidade, propondo desenvolver conjuntamente com os participantes ações educativas visando as possíveis soluções dessas dificuldades, através da pesquisa-ação.Tratou-se de um estudo qualitativo, mediatizado pela pesquisa-ação que permitiu desvelar as percepções dos participantes do grupo de uma unidade de saúde quanto à sexualidade, o lazer e a qualidade de vida programando, aplicando e avaliando atividades de Educação para a Saúde nestas temáticas. A população-alvo deste estudo se constituiu de 6 mulheres hipertensas, únicas com tal diagnóstico que participam do grupo de reunião semanal de um centro de saúde de uma cidade do noroeste do Estado do Paraná-Brasil. Adotou-se o referencial-metodológico de Freire (1990) adaptado por Bueno (1997-8) delimitado por duas fases: a primeira, quando ocorreu o levantamento do universo temático, elencando-se os temas geradores; a segunda, constituída da ação educativa. A representação social de Moscovici (1979) foi a base da discussão das categorias e colaboraram para elencar os temas geradores. Estes foram o referencial para a discussão e elaboração das práticas educativas, apoiadas na pedagogia da autonomia de Freire. Identificou-se que, quanto à sexualidade, houve dificuldade de seu entendimento, pois foi reduzida ao sexo, manifestou-se por relações de afeto, companheirismo e por cuidados corporais. Quanto ao lazer, foi visto como enfrentamento da solidão. A hipertensão arterial foi descrita quanto aos seus fatores causais, houve valorização exacerbada ao tratamento farmacológico e a convivência com a doença foi considerada difícil. Os temas geradores permitiram a elaboração de uma ação educativa dialógica, em que dinâmicas e discussões foram programadas. Os participantes avaliam que as estratégias adotadas foram de grande valia para a troca de saberes, para a valorização das relações humanas e para um contato prazeroso com os temas abordados. |