Resumo: |
Esse estudo teve como objetivo principal avaliar se existem variações significativas nos Estilos Cognitivos em função do perfil acadêmico dos alunos do curso de Ciências Contábeis da Faculdade UNIRG/TO. Para identificar o Perfil Acadêmico foram analisadas variáveis referentes à ocupação profissional, formação educacional anterior ao ingresso na faculdade, período do curso, horas semanais dedicadas ao estudo extra-sala, idade, gênero, remuneração e desempenho acadêmico. O instrumento utilizado para identificar o Estilo Cognitivo especificamente os processos perceptivos Dependência e Independência de Campo foi o Group Embedded Figures (GEFT). Participaram da pesquisa, 240 estudantes que corresponde a 82% da população. Com a utilização de testes estatísticos não paramétricos e regressão multivariada, foi possível verificar que as variáveis idade, notas nas disciplinas, horas de estudo extra-sala e remuneração possuem variações significativas nos Estilos Cognitivos. Conclui o estudo que estudantes com maior faixa etária, menores notas nas disciplinas, que se dedicam mais ao estudo fora da sala de aula e recebem menores rendas no mercado de trabalho, possuem maior probabilidade de ser dependente de campo. A partir do reconhecimento dessas diferenças cognitivas, é possível implementar estratégias de ensino para aperfeiçoamento do relacionamento entre os docentes e discentes, proporcionando deste modo maior efetividade e qualidade no processo ensino-aprendizagem, principalmente na região em estudo. Outra contribuição relevante dessa pesquisa foi constatar que o estilo cognitivo predominante na população (dependente de campo) é antagônico àquele desejado pelo mercado de trabalho. Pelo fato do curso em estudo fazer parte do contexto da Amazônia, região complexa em termos bióticos, potencial agrícola e antropológico, inserir um profissional contábil no mercado de trabalho é mais do que geração de emprego, é subsidiar o desenvolvimento regional sustentável. |
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