Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Cirqueira, Renata Tardivo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-05072007-171634/
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Resumo: |
Plantas que possuem efeito diurético são amplamente utilizadas pela população no tratamento de algumas doenças importantes como edema e hipertensão. Os efeitos de muitas delas ainda não foram confirmados, desse modo, se faz cada vez mais necessário o esclarecimento do uso terapêutico das plantas medicinais. Os objetivos desse trabalho foram: (a) estudar os efeitos dos extratos aquosos (EA) de pitanga (P) e jambolão (J) sobre a pressão arterial (PA) e alguns parâmetros renais em ratos normotensos anestesiados e (b) verificar a existência de flavonóides nesses extratos, bem como realizar a identificação e o doseamento de tais compostos. Os EA foram preparados pelo método de decocção e administrados por via intragástrica (gavage) em diferentes concentrações: 10%, 15%, 20% e 25%. Tais concentrações corresponderam respectivamente às doses de 56, 94, 145, 172 mg de P/Kg e a 44, 73, 83, 95 mg de J/Kg. Os animais foram divididos em dez grupos de sete indivíduos (n=7): controle (C), controle de sódio e potássio (CNa/K), P-10%, P-15%, P-20%, P-25%, J-10%, J-15%, J-20% e J-25%. Ratos Wistar machos normotensos, pesando em torno de 180g, foram anestesiados (hypnol 3%) e submetidos a uma traqueotomia. A artéria carótida esquerda foi canulada para coletar o sangue e medir a PA com um manômetro de mercúrio, em intervalos de 15 minutos. A veia jugular direita foi canulada para injetar soluções e a bexiga urinária foi canulada para coletar a urina, em períodos de 30 minutos. O protocolo experimental foi dividido em basal (para avaliação dos parâmetros basais) e experimentais (posteriores à administração dos EA). Os resultados analisados através dos testes estatísticos de ANOVA e Tukey foram apresentados como média ± desvio padrão (p<0.05). Os animais apresentaram o mesmo padrão de resposta para ambas as plantas estudadas: nos animais que receberam os EA nas concentrações de 10% e 25% as reduções da PA foram mais potentes (±30%) e desencadearam respostas renais como reduções no fluxo plasmático renal, além da ausência do aumento da diurese e redução da natriurese e caliurese. Entretanto, nos animais que receberam os EA nas concentrações intermediárias (15% e 20%), onde o efeito hipotensivo foi mais discreto (±20%), o aumento do fluxo plasmático renal possibilitou evidenciar um potente efeito diurético, além de um aumento da natriurese e da caliurese. O balanço entre os efeitos hipotensivo e diurético apresentado pelos animais após a administração dos extratos das plantas estudadas demonstra a interdependência entre a hemodinâmica e a função renal. Cromatografias em Camada Delgada (CCD) e Reações Cromáticas de Identificação confirmaram a existência de flavonóides do grupo dos flavonóis (quercetina, quercitrina e miricetina) nos EA de P e J. Informações científicas mostram que os flavonóis presentes nas plantas estudadas têm atividade vasodilatadora e que a quercetina tem boa absorção e biodisponibilidade. Assim sugerimos que esse composto secundário pode ser o responsável pelos efeitos hipotensivo e diurético relatados neste trabalho. |