Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Soares, Antonio Sergio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20191108-094140/
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Resumo: |
A irrigação tem sido um recurso tecnológico fundamental para que se atinjam bons rendimentos nas culturas, notadamente nas regiões secas. Nas regiões úmidas ou sub úmidas, apesar da ocorrência de precipitações em quantidade suficiente, muitas vezes elas ocorrem com distribuição temporal inadequada. Tal distribuição faz com que o solo apresente períodos de déficit e de excesso de água, ambos prejudiciais ao bom desenvolvimento, causando instabilidade no desempenho das culturas. A incerteza quanto à ocorrência desses fenômenos, impede que agricultores invistam em projetos de irrigação. Com o objetivo de amenizar tal problema, este trabalho estuda os efeitos do déficit e excesso hídrico sobre o rendimento da cultura do milho, na localidade de Urussanga, Santa Catarina. Utilizou-se, neste trabalho, uma série de dados de produção e de fenologia da cultura do milho, de ciclo normal e precoce, e de dados climáticos diários de 28 anos, ambos coletados na Estação Experimental de Urussanga, Região Sul de Santa Catarina. Utilizaram-se, também informações de características físico hídricas dos solos destes experimentos. Com os dados climáticos, de fenologia da cultura e de solo, efetuou-se o balanço hídrico, extraindo-se deste as variáveis hídricas, que correlacionadas aos dados de rendimento da cultura, para ajuste de modelo de produção. Para o desenvolvimento do modelo utilizaram-se regressões múltiplas entre o déficit de rendimento relativo da cultura (l-Ya/Ym) e as variáveis que expressam a situação hídrica do solo. Estas foram computadas separadamente, para cada fase fenológica. Com o modelo desenvolvido, simulou-se o efeito do déficit e do excesso hídrico sobre o rendimento da cultura. As variáveis que melhor se adequaram ao propósito do trabalho foram o déficit hídrico, expresso em forma de déficit da evapotranspiração relativa, (l-ETa/ETm), e o excesso de água no solo, expresso em forma de um índice desenvolvido (FEX), que considera, de forma crescente, o número de dias consecutivos em que a cultura permanece sob excesso hídrico. A aplicação de modelos, envolvendo apenas variáveis relacionadas ao excesso ou ao déficit de água isoladamente, não apresentou boa correlação, porém, quando em conjunto, os índices estatísticos foram adequados. Tanto o déficit de água como o excesso mostraram-se importantes condicionantes do rendimento da cultura. O acréscimo de produtividade possível com a irrigação (efeito de déficit), simulado com a equação desenvolvida, variou de zero a 10765 (tempo de retorno de 28 anos) e 11271 kg/ha (tempo de retorno de 28 anos), para variedades de ciclo normal e precoce respectivamente. Quanto aos efeitos dos excessos, estes variaram de zero a 7158 e 6326 kg/ha. |