Efeitos antineoplásicos do dicloroacetato de sódio (DCA) e omeprazol em linhagens de melanoma oral canino: estudo dos mecanismos de ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Toledo, Gabriela Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-16062023-121433/
Resumo: O dicloroacetato de sódio (DCA) é um inibidor da piruvato desidrogenase quinase (PDK), e o omeprazol (OMP) é um inibidor da bomba de prótons. Neste trabalho, investigamos a hipótese de que DCA e OMP possuam efeitos antineoplásicos sinérgicos desencadeados a partir da modulação metabólica da via glicolítica, e seus mecanismos de ação em células de melanoma oral canino (MOC) e melanoma cutâneo humano. Para tanto, as linhagens celulares CMGD5 (melanoma oral canino) e SK-MEL-28 (melanoma humano) foram cultivadas e tratadas com diferentes concentrações de DCA e OMP individualmente ou em associação. Uma triagem inicial para determinação da viabilidade celular após o uso das duas drogas individualmente ou em associação foi realizada por meio do ensaio de cristal violeta. A morte celular por apoptose ou necrose foi estudada por citometria de fluxo, utilizando os marcadores fluorescentes anexina V e iodeto de propídeo. A análise bioenergética das células tratadas ou não com DCA e/ou OMP foi realizada por meio do ensaio de SeaHorseXF, avaliando os níveis de consumo de oxigênio (OCR) de ambas as linhagens após o tratamento com DCA e/ou OMP. O uso da combinação dos dois fármacos produziu redução significante na viabilidade das linhagens de melanoma oral canino e melanoma humano. A combinação entre DCA e OMP na linhagem CMGD5 acarretou maiores índices de morte por apoptose precoce, enquanto na linhagem SK-MEL-28 os dois tipos de morte predominantes foram apoptose precoce e necrose. Na avaliação de OCR, DCA ou OMP não produziram efeitos bioenergéticos significativos nas células CMGD5 e SK-MEL-28; seus efeitos foram similares aos das células não tratadas. Em conclusão, por apresentarem redução de viabilidade celular e morte por apoptose, DCA e OMP podem ser considerados drogas de reaproveitamento para o tratamento de melanoma. Quanto aos mecanismos de ação, DCA e OMP parecem não interferir em uma perspectiva metabólica glicolítica nas concentrações testadas nas células CMGD5 e SK-MEL-28. Mais estudos são necessários para determinar os mecanismos metabólicos que levam aos efeitos antineoplásicos de DCA e OMP em melanoma oral canino e melanoma humano para considerar as drogas no uso da rotina de pacientes com melanoma