Emprego de resíduos de Pinus sp tratado com preservante CCB na produção de chapas de partículas homogêneas utilizando resina poliuretana à base de mamona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Bertolini, Marília da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/88/88131/tde-26042011-121731/
Resumo: O CCB (sais de cromo, cobre e boro) surgiu como alternativa ao CCA, apresentando menor toxicidade ao meio ambiente e em muitos casos conferindo excelentes propriedades mecânicas à madeira. Estima-se que, de 15 a 20% (aproximadamente 240 mil \'M POT.3\'/ano) da madeira tratada no Brasil atualmente sejam resíduos, considerando-se apenas aqueles provenientes do seu beneficiamento, desconsiderando os produtos pós-consumo. Por outro lado, o Brasil possui excelentes condições para a produção dos painéis aglomerados, com produção estimada atualmente em 2,5 milhões \'M POT.3\'/ano. Observando o crescimento do mercado de painéis à base de madeira e a constante busca por produtos sustentáveis, este trabalho teve como objetivo principal a análise da viabilidade de produção de chapas de partículas, empregando-se resíduos de Pinus sp tratado com preservante CCB e resina poliuretana à base de mamona. Foram variados parâmetros de produção para obtenção de melhores condições de processo, sendo estes: quantidade de partículas, com 1300g e 1400g; teor de adesivo, de 12% e 15% e; tempo de prensagem, de 10 e 12 minutos. Caracterizaram-se as partículas empregadas quanto as suas propriedades físicas e morfológicas, além da análise dos painéis quanto às características físico-mecânicas, segundo NBR 14810-3 (2006), submetendo-se também amostras com melhores desempenhos ao Envelhecimento Artificial Acelerado, conforme ASTM G155 (1999) e análise da morfologia, por meio de ensaios de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Porosimetria por Intrusão de Mercúrio. Determinou-se também a retenção dos ingredientes ativos de preservante nas partículas e chapas, para avaliação de possíveis perdas na retenção devido ao processo de prensagem. Os resultados apontaram para excelentes propriedades físicas e mecânicas das chapas de partículas, em alguns casos em média 50% superiores ao estipulado pela norma brasileira em questão e superiores aos requisitos das normas internacionais. Assim, ficou evidenciada a viabilidade de produção dos painéis com os insumos estudados bem como seu potencial de emprego para as finalidades compatíveis com produtos desta natureza.