Fatores associados ao risco para transtornos alimentares em corredores de média e longa distância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nishimura, Leo Massahiro Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-03022017-164927/
Resumo: Introdução: A alteração da percepção da imagem corporal (IC) está relacionada à busca pelo considerado corpo ideal, padrão este resultado de uma construção histórica influenciada pelo meio sociocultural e também por fatores individuais. Tais fatores, aliados às exigências dos esportes de competição (como performance, adequação de peso e massa corporal), ao stress e à ansiedade consequentes, e também ao fato de que o ambiente esportivo pode ser um meio ampliador de pressões socioculturais motivadas pelo ideal de corpo magro, contribuem para que os atletas sejam uma população vulnerável à insatisfação corporal e possam constituir, consequentemente, um grupo de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares (TA). Considerados transtornos mentais e comportamentais, entende-se que os TA são também diretamente influenciados pela família, cujo funcionamento pode ser determinante do bem-estar e da saúde física e emocional do indivíduo. Objetivos: Investigar fatores associados ao risco para transtornos alimentares em corredores de média e longa distância adolescentes e adultos de ambos os sexos. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com corredores adolescentes do projeto social Kiatleta do São Paulo Futebol Clube e com corredores adultos que treinam no Campus da Cidade Universitária por meio de instrumentos que foram aplicados em sequência lógica: o questionário socioeconômico e demográfico, o Apgar Familiar, o Teste de Atitude Alimentar (Eating Attitudes Test EAT-26) e a Escala de Silhuetas de Stunkard, além da coleta de medidas antropométricas para avaliação do estado nutricional. Os resultados obtidos foram analisados de forma descritiva, comparativa e estatística a fim de correlacionar as variáveis relativas a gênero, perfil socioeconômico e demográfico dos atletas e de suas famílias, qualidade do funcionamento familiar e ocorrência de insatisfação corporal ao risco para TA. Resultados: As variáveis analisadas indicaram maior risco para TA e distorção de IC na população adulta feminina e uma parcela significativa de risco para TA e de distorção de IC em corredores adolescentes do sexo masculino. Insatisfação corporal e família disfuncional estiveram associados ao risco para TA. Conclusão: A prevenção de transtornos alimentares em corredores de média e longa distância devem considerar o atleta de forma integral, como alguém que precisa não apenas de treinamento esportivo, mas também de orientação segura sobre alimentação e de apoio familiar saudável.