Efeitos fisiológicos e bioquímicos provocados pela aplicação dos fungicidas benzovindiflupir+azoxistrobina e protioconazol+trifloxistrobina na cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Aécio Mendes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-20032019-121717/
Resumo: Atualmente a soja é uma das principais culturas de interesse econômico cultivadas no Brasil, sendo que o país configura como o segundo maior produtor da oleaginosa, ficando atrás apenas da produção obtida pelos Estados Unidos da América. Para se proteger essa alta produtividade e manter o Brasil em um cenário econômico competitivo, os produtores brasileiros utilizam diversos defensivos agrícolas. Destes, os fungicidas são principalmente utilizados de maneira preventiva, ou seja, sem a presença do patógeno alvo, isso ocorre principalemnte devido ao modo de ação dos princípios ativos disponíveis comercialmente na atualidade. Essa utilização preferencial de fungicidas de maneira preventiva, fez com que crescesce também o interesse pelo estudo dos efeitos, sejam eles positivos ou negativos, na fisiologia e bioquímica das plantas cultivadas. O presente experimento foi instalado em casa de vegetação no município de Holambra-SP, tendo por objetivo avaliar os efeitos fisiológicos e bioquímicos provocados pela aplicação dos fungicidas benzovindiflupir+azoxistrobina (STL+AZT) e protioconazol+trifloxistrobina (PTZ+TFS), na cultura da soja. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados contando com seis repetições cada. Os tratamentos com fungicidas utilizados foram: [T1] controle (testemunha); [T2] plantas que receberam aplicação de STL+AZT (30 + 60 g de ingrediente ativo por hectare), com adição do adjuvante Nimbus a 600 ml por hectare, conforme recomendação do fabricante; [T3] plantas que receberam aplicação de PTZ+TFS (70 + 60 g de ingradiente ativo por hectare), com adição do adjuvante Aureo a 400 ml por hectare, confrome recomendação do fabricante. Foram realizadas duas aplicações, sendo a primeira 42 dias após a emergência das plantas, quando estas se encontravam na fase de início de florescimento (R1) e a segunda com 15 dias de intervalo da primeira. Os tratamentos foram avaliados atraves de trocas gasosas, fluorescência da clorofila a e enzimas do sistema antioxidante. Não foram observadas alterações significativas na eficiência quântica potencial (Fv/Fm) e eficiência quântica máxima (Fv\'/Fm\') do fotossistema II (PSII) para nenhum dos fungicidas testados. Entretanto observou-se que a utilização de PTZ+TFS reduziu de maneira significativa no rendimento quântico efetivo do PSII (ΦPSII), na taxa aparente de transporte de elétrons (ETR) e na proporção de centro de reações do PSII \"abertos\" (qP), sendo que reduções na condutância estomática (gs), transpiração (E), taxa de assimilação de CO2 (A) e na velocidade máxima de carboxilação da rubisco (Vcmáx) também foram observadas quando se aplicou esse fungicida. Além das reduções observadas, constatou-se também que esse fungicida provoca uma elevação da temperatura foliar (Tf). Além dessas alterações fotoquímicas, foi também observado um aumento da atividade das enzimas dismutase da superoxido (SOD) e glutationa redutase (GR). Em contrapartida a utilização de STL+AZT aumentou ΦPSII, ETR e qP, assim como elevação em gs, E, Vcmáx e consequentemente em A também foram observados.