Registros eletrônicos de saúde na identificação da relação entre risco de desenvolvimento de lesão por pressão e complexidade assistencial em pacientes críticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mello, Carolina Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-05042017-150942/
Resumo: Nos últimos anos, a ciência e a tecnologia proporcionaram uma larga gama de ferramentas aos profissionais de saúde. Em especial, as Tecnologias da Informação, pois favorecem o aprimoramento considerável da qualidade dos serviços de saúde prestados à população, quando gerenciadas adequadamente. O objetivo deste estudo foi identificar a relação entre risco de desenvolvimento de lesão por pressão e complexidade assistencial em pacientes críticos internados na unidade de terapia intensiva de um hospital universitário por meio dos registros eletrônicos de saúde. Trata-se de estudo correlacional, longitudinal e descritivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi conduzida durante 120 dias, a amostra foi composta por 74 pacientes que atenderam aos critérios de inclusão da pesquisa. Em relação às características sociodemográficas e clínicas, foi observado maioria do sexo masculino (56,8%), brancos (73%), na faixa etária de 60 a 79 anos (40,5%) e o tempo médio de internação nessa unidade correspondeu a 10,5 dias. A maioria dos indivíduos apresentou risco elevado para a lesão por pressão com média de 11,7%, complexidade assistencial média foi de 84,7% e frequência média diária de 5,5% reposicionamentos, registrados no sistema de informação hospitalar. Quanto ao desfecho dos pacientes, 28 (37,8%) apresentaram lesão por pressão notificada no sistema de informação hospitalar, 27 (36,5%) evoluíram para óbito na Unidade de Terapia Intensiva e 15 (20,3%) evoluíram a óbito e desenvolveram lesão por pressão, mostrando uma associação estatisticamente significante (p= 0,017). Foi observado significância estatística (p<0,001) e relação inversa para a complexidade assistencial e risco para desenvolvimento. As variáveis complexidade assistencial, risco para desenvolvimento de lesão por pressão, posições observadas foram registradas e também frequência de reposicionamento foram coletadas 776 vezes e observou-se que 605 (78%) da amostra em relação ao escore de complexidade assistencial foram registradas. Em 50% dos dias que os profissionais de enfermagem foram escalados com um paciente identificou-se que não foi atingida a capacidade máxima de trabalho do mesmo. No entanto, foi possível identificar que a capacidade máxima foi ultrapassada quando os profissionais assumiram o segundo paciente, ocorrendo uma possível sobrecarga de trabalho em 75% dos dias. Foi possível identificar diariamente os registros inexistentes dos escores relacionados à complexidade assistencial, risco para o desenvolvimento de lesão por pressão e reposicionamento. Portanto, esta pesquisa evidencia a relevância dos dados e informações produzidas pela equipe de enfermagem para identificar os pacientes em risco, estabelecer medidas preventivas para os mesmos e consequentemente melhorar os indicadores de qualidade por meio dos registros eletrônicos e, assim, superar os desafios relacionados a segurança, qualidade e efetividade da assistência de enfermagem