Disputas pelo neto de Noé: Tubal e as origens da Península Ibérica (1543-1666)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bilbao, Julian Abascal Sguizzardi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-22112023-192331/
Resumo: A tese analisa o tubalismo como campo de saber do reinado de Carlos V de Habsburgo até Felipe IV. A personagem Tubal, neto de Noé e filho de Jafé, fora considerado o primeiro povoador e governador da Península Ibérica desde alvores da Idade Média. Sua identificação como o patriarca da Hispania foi se constituindo como uma tópica, adentrando os séculos XVI & XVII. Desse modo, abriu-se um campo polêmico tanto nas crônicas como em outros gêneros textuais: onde haveria sido o lugar exato de chegada do neto de Noé? Onde sua linhagem teria permanecido sem alterações? Então, disputa-se por essa personagem a partir de distintos territórios da Monarquia Hispânica. Essa polêmica carregava usos políticos, que implicavam em uma busca por preeminência, antiguidade, nobreza pelo sangue e primazia (quem seriam os autóctones ibéricos?). A tópica cruzou o oceano e também impactou narrativas produzidas desde a América, inclusive acerca da origem dos aborígenes do Novo Mundo. Dessa maneira, a tese investiga esse complexo processo de disputas por Tubal em suas implicações políticas, epistêmicas, estéticas e sociais.