Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Caroline Serino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-18052022-143245/
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Resumo: |
Os inibidores naturais de venenos de serpentes têm sido estudados há mais de um século. Entre eles, estão as proteínas de plasma de alguns mamíferos e de serpentes não peçonhentas e peçonhentas, que possuem a capacidade de promover uma resistência ao veneno. Estas proteínas têm despertado o interesse biotecnológico, já que são uma ótima alternativa para o desenvolvimento de novos fármacos. As principais proteínas encontradas no plasma desses animais, com capacidade de neutralização do veneno, são os inibidores de metaloproteinases e os inibidores de PLA2 (PLIs). A PLA2 atua no efeito local do envenenamento, causando inflamação do tecido na área afetada. Nesse contexto, recentemente foi isolado o &gamma;BjPLI, que é um PLI presente no sangue da serpente peçonhenta <i>Bothrops jararaca</i>. Esta proteína pertence à classe gama (&gamma;), com base em domínios estruturais característicos. O &gamma;BjPLI possui aproximadamente 22 kDa e inibe as atividades enzimáticas, edematogênicas e mionecróticas das PLA2, sugerindo um papel desse inibidor na proteção dessas serpentes contra o autoenvenenamento. Baseado nessas informações, neste trabalho, foi estudado de forma comparativa a composição proteica do plasma de neonatos, jovens e adultos, fêmeas e machos de <i>B jararaca</i>, por análises de SDS-PAGE, <i>Western blotting</i>, cromatografia de afinidade, ELISA e espectrometria de massa. Tais análises permitiram identificar proteínas do tipo PLI (&alpha;PLI, &beta;PLI e &gamma;PLI) em todas as fases da vida, sendo que &alpha;PLI e &beta;PLI foram identificados pela primeira vez no plasma da serpente <i>B. jararaca</i>. Também foi realizada a avaliação da interação e neutralização da atividade anticoagulante da crotoxina por tromboelastometria, em que o &gamma;BjPLI foi capaz de inibir até 43&#37; da atividade dessa toxina. Ademais, mostrou uma maior afinidade pela PLA2 Asp-49 em comparação à PLA2 Lys-49, tanto por apresentar uma alteração em espectros obtidos por dicroísmo circular, quanto pela inibição das atividades miotóxicas e edematogênicas, com valores de 19,6&#37; e 38,5&#37; para a PLA2 Asp-49, superiores aos 16&#37; e 19,6&#37; para a PLA2 Lys-49, respectivamente. Além disso, para estabelecer novos métodos de obtenção destes inibidores com maiores rendimentos mantendo a estabilidade e atividade, o &gamma;BjPLI foi clonado e expresso utilizando o vetor pET28a e a cepa de expressão <i>SHuffle</i> da espécie de bactéria <i>Escherichia coli.</i>. |