Estudo epidemiológico e clínico dos casos de Acidentes ofídicos no Estado do Rio Grande do Norte.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Educação e Saúde - CES PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS E BIOTECNOLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1160 |
Resumo: | O acidente ofídico é um problema de saúde pública negligenciado em países tropicais e subtropicais. Este estudo é uma investigação transversal das características epidemiológicas dos acidentes ofídicos no estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil, de 2007 a 2014.Os dados foram coletados na Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, utilizando o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Um total de 3.019 casos foram analisados. Os acidentes foram notificados em 163 municípios do estado, com maior incidência nos pequenos municípios localizados na região central. Os casos ocorreram em todos os meses dos anos investigados, com maior frequência entre março e agosto. A maioria dos casos envolveu homens com idade entre 20 e 59 anos, trabalhadores e residentes rurais, com baixa escolaridade e raça parda. Os casos ocorreram com maior frequência em áreas rurais. Houve predomínio de acidentes com serpentes do gênero Bothrops. As picadas acometeram principalmente as extremidades dos membros. A maioria das vítimas recebeu assistência médica entre 1 e 3 horas após o acidente. Os casos foram prevalentemente classificados como leves e progrediram para cura. Foram notificados 13 óbitos. A maioria das vítimas realizou o teste do tempo de coagulação e fez uso da soroterapia. As principais manifestações locais foram dor e edema. As principais manifestações sistêmicas foram vagais e neuroparalíticas. As complicações locais mais frequentes foram a infecção secundária e o déficit funcional. Quanto às complicações sistêmicas exibiu-se, sobretudo, a insuficiência renal e o edema generalizado. O perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos no Rio Grande do Norte é semelhante aqueles observados em outros estados do Nordeste Brasileiro. Esses acidentes podem ser considerados como um problema de saúde pública no estado, devido à elevada frequência e ampla distribuição espacial dos casos. Isso revela a necessidade de desenvolver políticas públicas regionais, visando o controle preventivo desses acidentes, bem como o aprimoramento do atendimento médico das vítimas. |