Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cerqueira, Mônica Cristina Cardim de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-19072024-125053/
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Resumo: |
Esta tese investiga, a partir de uma perspectiva decolonial, a produção, circulação e consumo de retratos fotográficos de pessoas negras, produzidos no Brasil no século XIX, como operações que contribuíram na construção e na transferência transnacional de conhecimento sobre africanos e afro-brasileiros. Para tanto, enfoca aspectos materiais e visuais de cartes-de-visite provenientes dos estúdios de Alberto Henschel, entre os anos de 1869 e 1873. Tal recorte qualifica a presença de muitos desses retratos na coleção do geógrafo Alphons Stübel e sua exibição na Exposição Educativa sobre a América do Sul realizada em Leipzig, em 1892. A metodologia parte do pressuposto de que as cartes-de-visite tinham uma dupla existência, enquanto imagem e enquanto objeto. Desse modo, busca-se traçar e explicar as biografias dos retratos, associando sua trajetória, ou seja, a transferência desses objetos do Brasil para a Europa, à travessia a que foram submetidos 15 milhões de mulheres e homens deslocados da África para a América durante o comércio transatlântico de escravizados. Parte-se da hipótese de que a fatura das cartes-de-visite, em estúdios fotográficos, era parte de um processo investigativo que visava à produção de conhecimento colonial acerca de determinados grupos humanos. Por fim, para demonstrar outra faceta da produção de conhecimento colonial e controle sobre corpos negros, a tese toma como estudo de caso a análise da trajetória dos retratos apreendidos pela Justiça na casa do pai de santo Juca Rosa, em 1870, uma das pessoas negras retratadas por Henschel no Brasil oitocentista |