Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Diniz, Thales Valeriani Graña |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157423
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Resumo: |
As fotografias são fatos sociais que representam determinados assuntos numa perspectiva ideológica de construção da realidade. Sua construção e leitura estão vinculados a fatos históricos, ideológicos, tecnológicos e sociais. As imagens que representam os grupos sociais não são frutos do acaso, há uma série de fatores sócio históricos que influenciam na sua elaboração, assim como sua produção de sentido que se constrói também a partir do contexto no qual o receptor está inserido. Dito isto, a presente pesquisa articula aspectos da linguagem fotográfica, a sua presunção em representar um real concreto, com a construção de identidades no Brasil Império, em específico, a exploração do conceito de exótico e do “Outro” nas produções da época. Para tanto, é feita uma análise para que se possa compreender como foi fotografada a família imperial em contraposição a outros grupos sociais na época do Brasil Império, durante parte do reinado de Dom Pedro II, entre 1852 e 1885, período no qual Alberto Henschel e Revert Henrique Klumb atuaram no país. Ambos foram detentores do título de Fotógrafos da Casa Imperial e retrataram paisagens, a família imperial, membros da aristocracia, escravos e pessoas das classes populares cujas obras compõem o imaginário oitocentista nacional. É apresentado um quadro geral da fotografia da época, além de uma análise das técnicas de composição mobilizadas em suas produções e como a linguagem fotográfica pode abordar o imaginário social em função de conceitos já existentes. Como é feita a representação da elite econômica e política, qual a relação entre tais produções e os acontecimentos históricos, como os escravos e pessoas das classes populares são representados e as produções de sentidos de tais retratos são algumas das questões que esta pesquisa pretende responder usando uma abordagem metodológica híbrida entre a análise das conotações da imagem propostas por Barthes e Eco, os quais indicam uma leitura no seu âmbito denotativo, estrutural, conotativo, sociocultural. Como resultado tem-se um pacto comunicacional entre os fotógrafos e os seus consumidores calcados em valores eurocêntricos e em identidades mobilizadas pelo exótico, no que deve ser mostrado ou omitido em relação à sociedade da época. Outra característica central é a ausência de elementos como forma de significação e disseminação dos valores da Coroa, haja vista o não registro da violência de um regime escravagista e também a falta de objetos que remetam a realeza, como coroa e manto, por exemplo, nos registros visuais do imperador e sua família, criando a ideia de membros austeros e dignos de exercer o poder a eles incumbido. |