Análise qualitativa das estruturas intra e peritubulares em dentina de lesões cervicais não cariosas, empregando M.E.V

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Calabria, Marcela Pagani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-15102007-151648/
Resumo: Introdução - A perda de estrutura dental devido às lesões cervicais não cariosas (LCNC) é um evento clínico recorrente e amplamente discutido na literatura. Os fatores etiológicos relacionados a esse tipo de lesão são: abrasão, erosão e abfração. Segundo vários autores, a particular disposição das estruturas dentinárias torna-se ainda mais interessante e curiosa quando se observa a dentina nas regiões com LCNC. Objetivos - A proposta deste trabalho foi estudar, comparativamente, em microscópio eletrônico de varredura (M.E.V.), a microestrutura dentinária de LCNC, a partir de dentes extraídos e armazenados sob condições controladas, considerando-se o método de preparação dos espécimes. Também se propôs a comparar o conteúdo intratubular da dentina com LCNC com sua contraparte lingual, sem lesão, e observar se a presença de estruturas intratubulares (EIT) tem relação com a ocorrência de hiperestesia dentinária (HD). Materiais e Métodos - Utilizaram-se as superfícies vestibulares e linguais homólogas de 14 dentes humanos, portadores de LCNC, extraídos por razões terapêuticas, e imediatamente fixados em Karnovsky. Os dentes foram divididos em 3 grupos, cada um deles subdivido em dois subgrupos, de acordo com o tratamento dos espécimes. Amostras da região da lesão e suas contrapartes linguais foram, então, pós-fixadas segundo protocolo apropriado para M.E.V. Tanto a superfície da lesão, quanto as estruturas dentinárias subjacentes foram estudadas obedecendo à seguinte seqüência: Grupo I - amostras da lesão seccionadas com disco, subdivididas em: Grupo IA - limpeza com ultra-som por 15 minutos; Grupo IB - limpeza com ultra-som por 15 minutos, seguida de condicionamento com H3PO4 a 5%, por 15 segundos. Grupos II - amostras fraturadas, subdivididas em: Grupo IIA - limpeza com ultra-som por 30 minutos; Grupo IIB - apenas condicionamento com H3PO4 a 5%, por 15 segundos; e Grupo III - amostras fraturadas e assim subdivididas: Grupo IIIA - controle, sem qualquer tipo de tratamento; Grupo IIIB - imersão dos espécimes em NaOCl a 2%, por 5 minutos. Os espécimes foram desidratados, submetidos a secagem em ponto crítico e metalizados com ouro para análise em M.E.V. Resultados - 1 - De maneira geral, todos os métodos interferem, em maior ou menor proporção, com a natureza dos espécimes. Na superfície da lesão, o método que melhor permitiu a visualização das estruturas dentinárias foi o ultra-som seguido do condicionamento ácido (Grupo IIA). Entretanto, é o procedimento que mais altera a estrutura da dentina. Na dentina abaixo da lesão, o método de observação mais apropriado foi o da simples fratura controle (Grupo IIIA). 2 - Tanto a dentina correspondente à região da lesão, quanto à da região não lesionada lingual, apresentaram conteúdos intratubulares semelhantes. 3 ? Não foram notadas diferenças estruturais nas lesões hipersensíveis em comparação com aquelas não-sensíveis. Conclusões - Os métodos de preparação dos espécimes tendem, em maior ou menor extensão, a alterar a natureza do que está sendo observado. Não se pode afirmar, à luz da metodologia empregada, que a existência de EIT é ocorrência particular da dentina em LCNC. Aparentemente, as EITs ocorrem tanto na dentina que apresenta HD como naquela não sensível.